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O conflito em torno dos Rohingya, em Mianmar,  uma das minorias mais perseguidas O conflito em torno dos Rohingya, em Mianmar, uma das minorias mais perseguidas 

800 líderes religiosos na Alemanha: encontro pela paz e por caminhos de reconciliação

A 10ª Assembleia Mundial das Religiões pela Paz, da rede Religions for Peace, começa nesta terça-feira (20) em Lindau, na Alemanha. Cerca de 800 líderes religiosos do mundo inteiro estarão reunidos durante quatro dias em busca do bem comum. O evento pode ser acompanhado ao vivo, em qualquer parte do mundo, via streaming no site da rede.

Francesca Sabatinelli, Andressa Collet – Cidade do Vaticano

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Um evento que acontece em cerca de 5 em 5 anos desde 1970 e que em 2013, em Viena, recebeu mais de 600 participantes. A partir desta terça-feira (20), a cidade de Lindau, na Alemanha, sedia a décima edição da Assembleia Mundial das Religiões pela Paz da, rede Religions for Peace, com 800 líderes religiosos, jovens e mulheres de fé provenientes de mais de 100 países, representantes de governos, ONGs e grupos da sociedade civil.

Apoio aos processos de paz

O tema do evento, “Cuidar do nosso futuro comum”, deve conduzir os objetivos do evento de reforçar a cooperação religiosa dos líderes mundiais através da paz, apoiá-la nos países que sofrem com a violência e os conflitos, assim como apoiar o início de processos de paz como a iniciativa multireligiosa no Sudão do Sul, no Norte e no Sul da Coreia, em Mianmar e na República Democrática do Congo.

O coordenador do programa “Direito à Paz” do Finn Church Aid, William Renoux, afirmou à Agência Fides que “é essencial que os líderes religiosos estejam envolvidos no processo do Acordo Político pela Paz e a Reconciliação na República Centro-africana, assinado em fevereiro. Através da reunião, tentaremos recolher as energias dos diversos atores religiosos afim de que possamos contribuir e estimular uma boa dinâmica da paz”.

Em busca de reconciliação

“A perspectiva é aquela de contrastar uma tendência defensiva que pode se tornar de fechamento nacionalista ou de parte”, explicou o presidente da rede de Religions for Peace na Itália, Luigi De Salvia: “deve se procurar, ao contrário dessa realidade, olhar para a busca do bem comum compartilhado, que é único horizonte que pode dar esperança”. O presidente acrescentou ainda que, durante a reunião, também serão discutidas ações que deverão orientar caminhos de reconciliação, em especial, em áreas mais delicadas de conflito. Boas práticas para os países se tornarem mais preparados para empreender ações concretas serão compartilhadas na assembleia. 

“A busca do bem comum compartilhado é o único horizonte que pode dar esperança.”

Até sexta-feira (23), os propósitos do evento ainda serão norteados pela construção de um consenso moral sobre os desafios contemporâneos, pela eleição do novo Conselho Mundial e pela promoção de ações comuns entre as várias religiões. Segundo o secretário-geral da Religions for Peace, William Vendley, “as religiões do mundo são baseadas na paz, invocam a paz, promovem a paz. Vários crentes religiosos – cada um na sua maneira – sabem que a paz é o verdadeiro ‘nome’ da sua religião” e concordam sempre mais que “as interpretações das suas religiões que vão contra a paz não são à altura; são contraditórias”.

A Assembleia, que pode ser acompanhada ao vivo, via streaming pelo site, foi criada pela Religions for Peace, uma rede internacional formada por um Conselho Mundial de líderes religiosos de alto nível representativo, por seis organismos inter-religiosos para os diversos continentes, além de redes de mulheres de fé e redes inter-religiosas de jovens.

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20 agosto 2019, 11:59