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Padre Ariosto, sacerdote brasileiro incardinado na Diocese de Porto Padre Ariosto, sacerdote brasileiro incardinado na Diocese de Porto  

Ariosto, levantou-se para servir e ser padre

Ariosto nasceu no Brasil e foi no Caminho Neo Catecumenal que o Senhor o chamou. Levantou-se para servir Jesus e a sua Igreja. Foi acolhido no Porto para se abrir ao mundo e servir aquela diocese. Foi ordenado presbítero no passado dia 8 de julho, por D. Manuel Linda, bispo do Porto. Contamos aqui a sua história.

Rui Saraiva – Porto

O padre Ariosto Nascimento, nasceu a 27 de dezembro de 1988, em Iguatú, Ceará, no Brasil. Com 15 anos, num encontro vocacional do Caminho Neo Catecumenal, sentiu que se devia levantar.

E assim nasceu a sua resposta ao chamamento de Deus. Do calor do Ceará para o friozinho do Porto, Ariosto, é padre para servir a comunidade.

Em Portugal, frequentou o Seminário Diocesano Redemptoris Mater e está agora ao serviço da diocese do Porto. Publicamos aqui uma entrevista que concedeu ao jornal diocesano “Voz Portucalense”:

P: Como é que foi descobrir o Caminho (Neo Catecumenal) ali no Brasil?

R: Na minha família eramos católicos tradicionais. Eu conheci a Igreja através do Caminho. Porque nós andávamos afastados, tínhamos muitos problemas familiares, e eu por ser o quinto filho apanhei com muitos problemas no relacionamento dos meus pais. O meu pai morava fora. E eu tive essa ausência do meu pai. Praticamente a minha irmã do meio é que se encarregou de mim.

A minha mãe trabalhava. Foi nesse momento de dificuldade na família, nos meus 12-13 anos, que primeiramente na Comunidade quem entrou foi a minha mãe. E através da minha mãe foi luz, sal e fermento para toda a família. E a verdade é que a minha mãe sem convites formais foi convidando, com o seu exemplo, todos os meus familiares. E na Comunidade descobri o amor de Deus.

P: Quando é que se dá esse momento de sentir que Jesus Cristo o seduzia ao ponto de querer entregar a sua vida?

R: Eu já tinha entrado na comunidade aos 14 anos. No Caminho temos algumas peregrinações, as Jornadas Mundiais e os Encontros Vocacionais. São momentos de chamamento. E houve uma peregrinação regional em Fortaleza. Aos 15 anos eu estava a estagiar num banco através da escola e pensava em estudar biologia. Sempre com o desejo de ganhar dinheiro. O Caminho ajudou-me a reconciliar-me com a história, com os meus pais e comigo mesmo. E foi nessa peregrinação, no chamado momento vocacional, senti uma alegria que nunca tinha sentido. Tinha trabalho e dinheiro, tinha namorada, só que faltava algo. E ali senti uma alegria que não sei explicar. Naquele momento levantei-me. Apesar de eu achar que era algo passageiro … depois, graças à Comunidade e ao acompanhamento dos catequistas… a Comunidade foi muito importante para o discernimento vocacional…

P: Que idade é que tinha?

R: Eu levantei-me a primeira vez aos 15 anos e depois fiquei dois anos antes de entrar no Seminário…

P: O que quer dizer com “levantei-me”?

R: Porque neste encontro faz-se um chamamento vocacional no qual o presbítero da equipa itinerante pergunta aos jovens que estão ali quais os que sentem um chamamento para a vida sacerdotal. E aqueles que sentem o chamamento ficam de pé e põem a sua disponibilidade…Claro que depois há todo um processo de discernimento. Temos vários encontros com os catequistas que nos ajudam também a … pois nem todos os que se levantam entram no Seminário. Alguns vão em missão antes de entrar no Seminário, outros pedem para esperar, como foi o meu caso. Fiquei, mais ou menos, dois anos antes de entrar no Seminário em Brasília.

P: Como foi a experiência aqui no Porto, nesta comunidade?

R: Ao princípio foi difícil adaptar-me ao frio porque venho de uma região muito quente, pois venho do Ceará no Brasil. Quando chegamos cá vivemos dois anos nas casas de irmãos da Comunidade que nos acolheram antes de vir para o Seminário. Mas foi importante isso, sentir-me acolhido. E essa é a importância do Caminho: irmãos do mundo inteiro que nos acolhem como familiares. Não nos conhecemos de nenhum sítio, mas falamos uma mesma linguagem.

P: O que é ser padre hoje na vida contemporânea?

R: Ser padre, primeiramente, é ser um cristão com os outros cristãos e que depois tem este chamamento a guiar o povo de Deus. Sobretudo é isso, é dar de graça, é fazer presente no mundo o amor de Deus, o amor gratuito de Deus. O Seminário não é uma fábrica de padres. O Seminário é para formar cristãos. Se eu sou um bom cristão eu posso ser um bom presbítero, ou um casal. Importante primeiro é a intimidade com Cristo. Descobrir o amor de Deus que me faz reconciliar com a história para poder dar aos outros. Fazer presente o amor de Deus no mundo.

O padre Ariosto, através do Caminho Neo Catecumenal descobriu a alegria de seguir Jesus. Foi do Brasil para Portugal. É expressão da Igreja Missionária. Está agora ao serviço da diocese do Porto.

Laudetur Iesus Christus

Ouça a reportagem!

 

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25 julho 2018, 12:08