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Solenidade de Cristo Rei do Universo
Solenidade de Cristo Rei do Universo, BAV Arch. Cap. S. Pietro. B. 63, f. 188v

Solenidade de Cristo Rei do Universo

No ano 325, ocorreu o primeiro Concílio Ecumênico na cidade de Nicéia, Ásia Menor. Na ocasião, foi definida a divindade de Cristo contra as heresias de Ario: "Cristo é Deus, Luz da luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro". Após 1600 anos, em 1925, Pio XI proclamou o modo melhor para superar as injustiças: o reconhecimento da realeza de Cristo. De fato, escreveu: “Visto que as festas têm maior eficácia do que qualquer documento do magistério eclesiástico, por captar a atenção de todos, não só uma vez, mas o ano inteiro, atingem não só o espírito, mas também os corações” (Encíclica Quas primas, 11 de dezembro 1925).

A data original da festa de Cristo Rei era o último domingo de outubro, ou seja, no domingo que precedia a festa de Todos os Santos, mas, com a nova Reforma de 1969, foi transferida para o último domingo do Ano Litúrgico. Desta forma, fica claro que Jesus Cristo, o Rei, é a meta da nossa peregrinação terrena. Os textos bíblicos mudam em todos os três anos, para que possamos conhecer, plenamente, a figura de Jesus.

Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, se sentará no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então, o Rei dirá aos que estão à direita: “Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos foi preparado, desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; prisioneiro e viestes a mim”. Os justos lhe perguntarão: “Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos? Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?”. Responderá o Rei: “Em verdade eu vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes”. Depois, dirá aos que estão à sua esquerda: “Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos. Porque tive fome e não me destes de comer; sede e não me destes de beber; peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes”. Então, esses lhe perguntarão: “Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos?”. E lhes responderá: “Em verdade eu vos digo: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer. Esses irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna” (Mt 25, 31-46).

Última etapa

Celebramos, hoje, o último domingo do Ano Litúrgico, chamado Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Esta meta foi-nos indicada no I Domingo do Advento e, hoje, a atingimos. Visto que o Ano Litúrgico representa a nossa vida em miniatura, esta experiência primeiro nos ensina e, depois, nos recorda, que estamos a caminho ao encontro com Jesus, o Esposo, que virá como Rei e Senhor da vida e da história. Referimo-nos à sua segunda vinda: a primeira, quando veio como um humilde Menino, depositado na manjedoura (Lc 2, 7); a segunda, quando retornará na sua glória, no final dos tempos. Esta vinda é celebrada, liturgicamente, hoje. No entanto, há outra vinda intermediária, que vivemos, hoje, na qual Jesus se apresenta a nós com a Graça dos seus Sacramentos e na pessoa de cada um dos "pequeninos" do Evangelho - “Em verdade vos declaro: se não vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos Céus”... (Mt 18,2), isto é, somos convidados a reconhecer Jesus na pessoa dos nossos irmãos e irmãs, a negociar os talentos recebidos, a assumir nossas responsabilidades todos os dias. – Ao longo deste caminho, a liturgia se oferece a nós como escola de vida para educar-nos a reconhecer o Senhor, presente na vida cotidiana, e preparar-nos para a sua última vinda.

Coordenadas para a vida

Vinde, benditos... Afastai-vos de mim, malditos. Ide para o fogo eterno, destinado ao demônio e aos seus anjos”. Bênção e maldição não são decisões, mas uma “constatação” do Rei, que, nada mais faz, que “fazer as contas”, revelando o que cada um foi e fez e o quanto cuidou do seu irmão (Cf. Gn 4; Lc 16,19-31 - Homem rico).

No início do Evangelho, o evangelista Mateus (1,23) escreve: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel, que significa “Deus conosco”; e, na conclusão do Evangelho: “Eis que estarei sempre convosco, até ao fim dos séculos” (Mt 28,20). Neste contexto, deve ser lido e compreendido o "Juízo final", que a liturgia nos leva, hoje, a contemplar. Jesus, o Emanuel, Deus conosco, está realmente "conosco" até o fim do mundo. Ele está conosco... mas, onde Ele está? Como reconhecer a sua presença e ação em nossa vida? Para encontrá-Lo temos que seguir os passos de Jesus, cultivar seus sentimentos, que, muitas vezes, não coincidem com os nossos. Como esquecer quando Jesus confidenciou aos seus discípulos que a morte na cruz o aguardava? Pedro protestou as suas palavras, mas Jesus replicou, dizendo: “Afasta-te de mim, Satanás! Tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens” (Mt 16,22; Cf. Is 55,8).

Devemos lembrar sempre que “estamos no mundo, mas não somos do mundo” (Cf. Jo 17,14). E visto que é tão fácil se desviar do caminho certo - "Corríeis bem. Quem, pois, vos cortou os passos...?" (Cf. Gl 5, 7) – que “é importante manter o nosso olhar fixo em Jesus, para evitar de nos desviarmos do caminho” (Cf. Hb 12, 2). Ele está conosco. Logo, a nossa vida não é orientada pelo caos, mas por uma Presença que é Vida e que nos mostra o Caminho.

Uma festa que nos indica o caminho

O ano litúrgico é o símbolo do caminho da nossa vida: tem um início e um fim, rumo ao encontro com o Senhor Jesus, Rei e Senhor, no Reino dos Céus, quando entrarmos pela porta estreita da "irmã morte "(São Francisco). Pois bem, no início do Ano Litúrgico (I Domingo do Advento), foi-nos indicada, de antemão, a meta à qual devemos dirigir nossos passos. É como se, em vista de um exame, tivessem nos dado um ano antes as respostas às perguntas! Mas, isso teria sido um exame desonesto. Na liturgia, porém, este é um dom do Mestre Jesus, porque nos permite saber qual o caminho que devemos seguir (Jesus, o Caminho), com quais pensamentos seguir (Jesus, a Verdade), e qual esperança que deverá nos animar (Jesus, a Vida - Cf. Jo 14,6).

Tudo depende do amor

O que mais nos impressiona, hoje, pelos textos litúrgicos, é que o exame final será sobre o tema do amor, na concretude da vida, a partir das nossas ações mais simples e comuns: “tive fome, tive sede...”. Logo, não se trata de gestos heroicos ou estranhos à vida cotidiana, tampouco de gestos extraordinários. A coisa mais bonita que emerge do Evangelho é que Jesus não é apenas o “Deus que está conosco, até o fim do mundo”, mas o “Deus que está em nós”, começando pelos últimos, que se identifica com os mais necessitados, com os pequeninos do Evangelho, com todos os perseguidos (Cf. At 9,4: “Saulo Saulo, por que me persegues?”). Enfim, todo gesto de amor é um gesto feito "com Jesus", em sua companhia; “como Jesus”, porque aprendemos do Evangelho; mas também "para Jesus", porque todas as vezes que fizermos um gesto de amor, fizemos "para Ele".

Amor na vida de cada dia

O que mais nos surpreende e que nos "seis" gestos, sobre os quais Jesus no Evangelho, não há nenhum religioso ou sagrado, segundo o nosso modo de pensar. Todos parecem ser gestos “leigos”, feitos na rua, em casa, onde quer que seja e onde há necessidade; na verdade, “nada é profano, tanto em frente como fora da igreja, porque toda a realidade é a grande Igreja de Deus: nada é profano, mas tudo é “sagrado”, porque tudo está em função de Jesus” (Luigi Giussani).

Nisto consiste todo o culto que prestamos a Deus, segundo também outro texto de Mateus: “Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta". (Cf. Mt 5, 23-24; Quarta-feira de Cinzas: Is 58,9; Gl 2,12: Eis o jejum que quero: libertar os oprimidos...). Afinal, se o culto oferecido diante do altar não for precedido e acompanhado pelo culto do amor ao próximo, vale bem pouco.

24 novembro

"Naquele tempo, Pilatos perguntou a Jesus: “És tu o rei dos Judeus?” Jesus respondeu: “Dizes isso por ti mesmo ou foram outros que te disseram de mim?” Disse Pilatos: “Acaso sou eu Judeu? A tua nação e os Sumos Sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste”?. Respondeu Jesus: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos, certamente, teriam impedido para que eu não fosse entregue aos Judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo”. Perguntou-lhe então Pilatos: “És, portanto, rei?” Respondeu Jesus: “Tu o dizes: eu sou rei. Nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”." (Jo 18,33b-37).

Última etapa

Celebramos, hoje, o último domingo do Ano Litúrgico, chamado Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Esta meta foi-nos indicada no I Domingo do Advento e, hoje, a atingimos. Visto que o Ano Litúrgico representa a nossa vida em miniatura, esta experiência primeiro nos ensina e, depois, nos recorda, que estamos a caminho ao encontro com Jesus, o Esposo, que virá como Rei e Senhor da vida e da história. Referimo-nos à sua segunda vinda: a primeira, quando veio como um humilde Menino, depositado na manjedoura (Lc 2, 7); a segunda, quando retornará na sua glória, no final dos tempos. Esta vinda é celebrada, liturgicamente, hoje. No entanto, há outra vinda intermediária, que vivemos, hoje, na qual Jesus se apresenta a nós com a Graça dos seus Sacramentos e na pessoa de cada um dos "pequeninos" do Evangelho - “Em verdade vos declaro: se não vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos Céus”... (Mt 18,2), isto é, somos convidados a reconhecer Jesus na pessoa dos nossos irmãos e irmãs, a negociar os talentos recebidos, a assumir nossas responsabilidades todos os dias. – Ao longo deste caminho, a liturgia se oferece a nós como escola de vida para educar-nos a reconhecer o Senhor, presente na vida cotidiana, e preparar-nos para a sua última vinda.

Uma festa que nos indica o caminho

O ano litúrgico é o símbolo do caminho da nossa vida: tem um início e um fim, rumo ao encontro com o Senhor Jesus, Rei e Senhor, no Reino dos Céus, quando entrarmos pela porta estreita da "irmã morte "(São Francisco). Pois bem, no início do Ano Litúrgico (I Domingo do Advento), foi-nos indicada, de antemão, a meta à qual devemos dirigir nossos passos. É como se, em vista de um exame, soubermos, um ano antes, as perguntas e as perguntas! Mas, isso teria sido um exame desonesto. Na liturgia, porém, este é um dom do Mestre Jesus, porque nos permite saber qual o caminho que devemos seguir (Jesus, o Caminho), com quais pensamentos seguir (Jesus, a Verdade), e qual esperança que deverá nos animar (Jesus, a Vida - Cf. Jo 14,6).

A alegria de um sonho

Na primeira Leitura, extraída do livro do profeta Daniel (7, 13-14), encontramos a visão do Filho do Homem, que, no fim dos tempos, ocupará o lugar daqueles que, ao longo da história, se serviram do Povo ao invés de servi-lo. Nesta visão, é evidente que há um fim para os que usurpam o Povo e o exploram. Chegará o dia em que será um "Rei" justo e misericordioso”, que assumirá a direção da história dos povos.

O Rei esperado

Neste contexto de esperança, podemos ler o texto do Evangelho, que a liturgia nos apresenta: o diálogo entre Pilatos e Jesus. Jesus apresenta-se como Rei, mas o seu Reino não é terreno. Na verdade, Jesus não tenta sobreviver, considerando a sua vida superior à missão recebida do Pai: ele, simplesmente, é Rei e veio ao mundo - diz o texto - para manifestar a sua realeza, que consiste em dar testemunho do Pai; uma vida ao serviço do Pai, Verdade da vida.

Realeza e verdade

O tema da "verdade", que tanto atrai a atenção de Pilatos, mas não a ponto de impedir a execução, requer uma adesão: "Todo aquele que é da verdade, escuta a minha voz”. Aqui, Pilatos se detém, por ser incapaz de acolher a verdade e por ser manipulado pela vontade da multidão, à qual ainda devia pagar um preço político. Nesta sua escolha, Pilatos demonstra o que realmente é e o motivo pelo qual se deixa guiar; por sua vez, Jesus manifesta, até o fim, a Quem pertence e a Quem serve, podendo dizer: “Eu sou o Caminho, a Verdade, a Vida" (Jo 14,6).

Verdade e realidade

A Solenidade de hoje não só revela quem é Pilatos, mas serve, para cada um de nós, para compreender a quem, realmente, estamos servindo. Ao término deste Ano Litúrgico é importante saber para quem vai o nosso coração, pois “onde está o nosso tesouro, aí estará também o nosso coração (Lc 12,34). Esta questão pode  ajudar-nos a colocar em ordem as nossas vidas e os nossos afetos, a fim de não irmos para aonde vai o coração, mas levar o coração para aonde ele realmente deve ir. Porém, isso só será possível  de aceitarmos que Jesus é o nosso Rei, Aquele que serve, verdadeiramente, a verdade da nossa vida.

A multidão permanecia lá e observava. Os príncipes dos sacerdotes escarneciam de Jesus, dizendo: “Salvou a outros, que se salve a si próprio, se é o Cristo, o escolhido de Deus”! Do mesmo modo zombavam dele os soldados, que se aproximavam dele, ofereciam-lhe vinagre e diziam: “Se és o rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo”. Acima de sua cabeça pendia esta inscrição: “Este é o rei dos Judeus”. Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: “Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos”! Mas, o outro o repreendeu: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Para nós, isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!”. Jesus respondeu-lhe: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”." (Lc 23,35-43).

Última etapa

Celebramos, hoje, o último domingo do Ano Litúrgico, chamado Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Esta meta foi-nos indicada no I Domingo do Advento e, hoje, a atingimos. Visto que o Ano Litúrgico representa a nossa vida em miniatura, esta experiência primeiro nos ensina e, depois, nos recorda, que estamos a caminho ao encontro com Jesus, o Esposo, que virá como Rei e Senhor da vida e da história. Referimo-nos à sua segunda vinda: a primeira, quando veio como um humilde Menino, depositado na manjedoura (Lc 2, 7); a segunda, quando retornará na sua glória, no final dos tempos. Esta vinda é celebrada, liturgicamente, hoje. No entanto, há outra vinda intermediária, que vivemos, hoje, na qual Jesus se apresenta a nós com a Graça dos seus Sacramentos e na pessoa de cada um dos "pequeninos" do Evangelho - “Em verdade vos declaro: se não vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos Céus”... (Mt 18,2), isto é, somos convidados a reconhecer Jesus na pessoa dos nossos irmãos e irmãs, a negociar os talentos recebidos, a assumir nossas responsabilidades todos os dias. – Ao longo deste caminho, a liturgia se oferece a nós como escola de vida para educar-nos a reconhecer o Senhor, presente na vida cotidiana, e preparar-nos para a sua última vinda.

Uma festa que nos indica o caminho

O ano litúrgico é o símbolo do caminho da nossa vida: tem um início e um fim, rumo ao encontro com o Senhor Jesus, Rei e Senhor, no Reino dos Céus, quando entrarmos pela porta estreita da "irmã morte "(São Francisco). Pois bem, no início do Ano Litúrgico (I Domingo do Advento), foi-nos indicada, de antemão, a meta à qual devemos dirigir nossos passos. É como se, em vista de um exame, soubermos, um ano antes, as perguntas e as perguntas! Mas, isso teria sido um exame desonesto. Na liturgia, porém, este é um dom do Mestre Jesus, porque nos permite saber qual o caminho que devemos seguir (Jesus, o Caminho), com quais pensamentos seguir (Jesus, a Verdade), e qual esperança que deverá nos animar (Jesus, a Vida - Cf. Jo 14,6).

Um Rei na cruz

A passagem do Evangelho apresenta-nos o Rei na cruz, entre dois ladrões. Se recordarmos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, entre cantos e danças (Cf. Lc 19,28-40), ficamos admirados pelo modo com o qual, no final, será apresentado no "trono da Cruz". Aqui, ele também se depara com um ladrão, que zomba da sua realeza: “Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos!”. O outro, por sua vez, diz: “Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!”, reconhecendo a realeza de Jesus. Com efeito, a força da realeza de Jesus consiste, precisamente, no que o “bom ladrão” declarou: o amor. Um amor sem confins, misericordioso, reflexo daquela realeza com a qual Jesus foi acolhido em Jerusalém: “Eis que vem a ti o teu rei, justo e vitorioso; ele vem montado em um jumento" (Zc 9,9).

Servir a Si ou aos outros?

Jesus não colocou “a sua pessoa” antes de tudo e de todos, como seus acusadores queriam:  “Salvou a outros, que se salve a si próprio, se é o Cristo, o escolhido de Deus!” (v. 35); depois, os soldados: “Se és o rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo” (v. 37) ; enfim, o primeiro ladrão: “Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos!”  (v. 39).

Jesus não veio para servir a si mesmo, mas para servir; não veio para servir-se do "seu poder", mas para se doar, totalmente, aos outros. Para salvá-los. Eis a realeza de Jesus, que não é entendida. Trata-se da realeza do amor, do perdão, do serviço, que Jesus veio nos trazer. Graças à Cruz, ele foi vitorioso!

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