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Dom Diamantino Antunes, Bispo de Terte Dom Diamantino Antunes, Bispo de Terte 

Moçambique: “Uma Igreja jovem e em crescimento” - bispo de Tete

Em outubro passado, de passagem por Portugal, D. Diamantino Antunes, bispo de Tete, disse à Agência Ecclesia que tem dificuldades de meios para a formação de catequistas.

Rui Saraiva – Portugal

“Uma Igreja jovem e em crescimento”, em passagem recente por Portugal, D. Diamantino Antunes, bispo de Tete assinalou à Agência Ecclesia o panorama da sua diocese.

“O panorama pastoral é de uma Igreja jovem e em crescimento, uma Igreja ministerial, muito sinodal. Uma Igreja jovem, mas com raízes antigas no passado, muito ligadas à evangelização de Portugal e que hoje num contexto diferente procura ser uma Igreja viva, dinâmica, missionária, atenta aos sinais dos tempos, muito envolvida nas realidades do país”, afirmou o bispo de Tete.

D. Diamantino Antunes é responsável pela Catequese em Moçambique destaca as dificuldades de meios para a formação de catequistas.

“No passado a maior parte da nossa população era analfabeta e havia mais uma transmissão oral da fé. Hoje, sobretudo no contexto urbano temos que estar atentos às novas gerações e procurar ter uma catequese e uma linguagem adaptada aos tempos novos. A nossa grande dificuldade são os meios. De textos, sobretudo, e também a diversidade de línguas. Por exemplo, na diocese de Tete nós temos quatro línguas diferentes. A nossa dificuldade é essa: ter meios para a formação não só dos catequizandos, mas também dos catequistas, que são os primeiros evangelizadores. África é um continente jovem, em Moçambique metade da população tem menos de 18 anos, portanto, nas nossas igrejas estão sobretudo jovens”, declarou.

O missionário português D. Diamantino Antunes foi ordenado bispo em maio de 2019 e assinala a sua preocupação com a violência em Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

D. Diamantino referiu-se ainda ao processo de beatificação e canonização dos mártires de Chapotera, dois sacerdotes jesuítas que foram assassinados em Moçambique no ano 1985.

Dois missionários jesuítas, um português, o padre Silvio Alves Moreira e outro moçambicano, o padre João de Deus Kamtedza, foram mortos no dia 30 de outubro de 1985, em plena guerra civil moçambicana, depois de dois anos de recolha de testemunhos e de provas na diocese de Tete nós concluímos a fase diocesana do processo no passado dia 12 e agosto. Agora toda a documentação já foi enviada para Roma”, informou.

‘Gaudium et Spes’ (Alegria e Esperança) é o lema que D. Diamantino Antunes escolheu para o seu episcopado.

O religioso do Instituto Missionário da Consolata foi nomeado pelo Papa Francisco, a 22 de março de 2019, como novo bispo da Diocese de Tete

O prelado é natural de Albergaria dos Doze, em Leiria; tem licenciatura em Filosofia pela Universidade Católica Portuguesa, e doutoramento em Teologia Dogmática pela Universidade Gregoriana, em Roma.

Oiça

 

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22 dezembro 2023, 11:45