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Nioussérê Kalala Omotunde Nioussérê Kalala Omotunde  

Omotunde – Afrocentricidade como razão crítica

A 14 de novembro de 2022 falecia súbita e prematuramente, em Guadalupe, sua terra natal, o egiptólogo e estudioso de Humanidades clássicas africanas, Nioussére Kalala Omotunde. O primeiro aniversário da sua morte foi assinalado com diversas atividades encabeçadas por Anyjart, Instituto de História por ele fundado em Guadalupe e com ramificações em vários países. A sua figura e o teor das suas obras na crónica de Filinto Elísio e análise de Filomeno Lopes.

Dulce Araújo - Vatican News

Esta semana, o nosso programa "África em Clave Cultural: personagens e eventos" quis conhecer, um pouco mais de perto, a figura do grande estudioso de Humanidades clássicas africanas, Nioussérê Kalala Omotunde, investigador em História, Egiptologia, Matemática, Religião que muito contribuiu para o aprofundamento dos estudos e a difusão das culturas ancestrais africanas e as determinantes influências que tiveram no desenvolvimento das civilizações greco-ocidentais e mesmo do cristianismo. 

Autor de várias obras, cujo teor e importância para a África de hoje são ilustrados por Filomeno Lopes, que as vem estudando desde há alguns anos, sobretudo numa perspetiva filosófica, o perfil de Omutunde, continuador da linha de pesquisa e pensamento do Egiptólogo senegalês, Cheik Anta Diop, é traçado pelo poeta e ensaísta, Filinto Elísio (Rosa de Porcelana Editora) na sua crónica intitulada "Omotunde - Afrocentricidade como razão crítica". 

Uma das obras de Omotunde
Uma das obras de Omotunde

Estudioso, mas também homem pragmático e virado para a aplicação científica das lições do passado com vista ao melhoramento do presente e do futuro da África e do mundo, Omotunde implicava-se também no desenvolvimento, em vários países do Continente africano, de diversos projetos como, por exemplo, na agricultura, setor que ele considerava de fundamental importância. 

Falecido aos 55 anos de idade, Omotunde, deixa um enorme legado de estudos e de atitude de uma África ativa, protagonista e que muito tem dado ao desenvolvimento da Humanidade. Resta dar ao Continente o seu próprio lugar - sem falsificações - no Património da Humanidade. 

A mesma obra adaptada à infância
A mesma obra adaptada à infância

Quanto ao legado de Omotunde - sublinha Filomeno Lopes - há que levá-lo para a frente com convicção e ulteriores aprofundamentos.

Aqui fica a emissão com a crónica de Filinto Elísio, palavras de Omotunde numa entrevista dada à televisão camarunesa, Equinox, poucas semanas antes do seu desaparecimento físico, e considerações de Filomeno Lopes:

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24 novembro 2023, 15:20