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Nigéria: 96 meninas da Escola de Chibok ainda estão no cativeiro

Nove anos depois do sequestro de 276 alunas do dormitório duma escola em Chibok, no nordeste da Nigéria, 96 delas continuam ainda nas mãos dos raptores e milhares de outras sofreram, entretanto, graves violações dos seus direitos.

Dulce Araujo - Vatican News

Nove anos depois do sequestro de 276 alunas do dormitório duma escola em Chibok, no nordeste da Nigéria, 96 delas continuam ainda nas mãos dos raptores e milhares de outras sofreram, entretanto, graves violações dos seus direitos. De acordo com meios de comunicação locais, a 7 deste mês de abril, 80 crianças terão sido sequestradas por militantes em Tsafe, no Estado de Zamfara no Noroeste do país. Isto mostra a urgente necessidade de proteger as crianças na Nigéria - disse Cristian Munduate, represente do UNICEF no país.

De 2014 a hoje já se verificaram mais de 2.400 infrações graves, envolvendo mais de 6.800 crianças no Nordeste. As violações mais comuns são o recrutamento ou o uso de crianças por grupos armados (700 casos registados nos últimos nove anos), seguido de rapto de crianças (693 casos) assassinato e mutilação (675 casos verificados).

O impacto do conflito na educação é alarmante com repercussões que podem vir a afetar gerações inteiras. O Conselho de Registo de Professores da Nigéria relata que entre 2009 e 2022, cerca de 2.295 professores foram mortos em ataques, mais de 19 mil foram deslocados, mais de 1500 escolas foram fechadas devido à insegurança e 910 escolas foram destruídas.

O UNICEF saúda a assinatura por parte do governo nigeriano do protocolo de 2022 que prevê o investimento de cerca de 314 milhões e meio de dólares em escolas seguras e promete apoiar o governo na sua implementação a fim de garantir que todas que se encontrem em contextos de conflito armado no país ou libertadas de cativeiros possam juntar-se rapidamente às famílias e beneficiar de programas de reintegração. 

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15 abril 2023, 12:10