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Jovens Sacramentinos em Kinshasa (República Democrática do Congo) Jovens Sacramentinos em Kinshasa (República Democrática do Congo) 

RD Congo. No Congo e Sudão do Sul o Papa falou à África e ao mundo inteiro

A mensagem de reconciliação e paz que o Papa Francisco veio trazer à República Democrática do Congo (RDC) e ao Sudão do Sul se pode aplicar a todos os que no continente africano e no mundo vivem situações parecidas – é a convicção de três jovens moçambicanos, em entrevista à Rádio Vaticano, a propósito da recente viagem do Papa à África.

P. Bernardo Suate – Cidade do Vaticano

Timóteo, Terenciano e José Manuel, três jovens seminaristas da Congregação do SS. Sacramento, nasceram em Moçambique e agora se encontram na RDC por razões académicas e, no contexto da viagem de Francisco à África nos passados dias 31 de janeiro a 5 de fevereiro, manifestaram a sua enorme alegria por acolher o Papa num momento em que o País se encontra em grandes dificuldades, por causa do conflito e violência na sua parte oriental.

“A visita do Santo Padre tem uma grande importância porque ele vem reconciliar o País que está passando por uma guerra, o País está numa situação complicada, ele traz a mensagem de que a Igreja e o governo se reconciliem” – enfatiza Timóteo, para quem a mensagem do Santo Padre aos Congoleses vale igualmente para Moçambique, que vive situação semelhante na província nortenha de Cabo Delgado.

Para Terenciano, estudante de Teologia em Kinshasa, a visita do Papa ao País é também de conforto, não apenas para Religiosos e Consagrados, mas para todo o povo sofredor. E, comentando a presença de Francisco na oração com os Sacerdotes, Religiosos e seminaristas, na Catedral de Notre-Dame do Congo, o jovem reiterou que o Santo Padre vem rezar com todos, uma grande graça, depois de uma viagem por tanto tempo esperada.

José António Manuel, também ele moçambicano Sacramentino e estudante na RDC, ainda na esteira da viagem apostólica de Francisco ao Congo, comentou antes de tudo a grande riqueza deste País em vocações à vida sacerdotal e religiosa, mas também a proliferação de Igrejas e seitas religiosas, “que estão a nascer (continuamente) e com muitos que se fazem de profetas ...”. Mas a Igreja não deixa de promover, ela também, as vocações entre os jovens, “e tem muitos religiosos e nativos que estão cá, assim como muitos que abraçam a vida consagrada como diocesanos”, sublinha.

A terminar, José Manuel falou do método da pastoral vocacional no Congo que pode também ser replicado noutras partes, “não ficando parado à espera que os jovens venham mas, antes, indo sempre além em busca dos jovens”.

E para o jovem missionário Sacramentino foi ocasião para mencionar o conflito em Cabo Delgado, norte de Moçambique, onde se vivem momentos muitos difíceis, e onde os populares estão cada vez mais reduzidos a cinza, lá também o tema da visita (“Todos reconciliados em Jesus Cristo”) pode também contribuir para promover a misericórdia, a reconciliação e a paz.

Em conclusão, uma mensagem à juventude congolesa, e não só, inspirada nas palavras do Papa Francisco durante a Missa para a paz e a reconciliação, no aeroporto de N’dolo, de Kinshasa:

De recordar que a Congregação dos Padres Sacramentinos foi fundada em Paris em 13 de maio de 1856 pelo padre Pierre-Julien Eymard. Juntamente com os leigos, os sacerdotes procuram formar comunidades cristãs que tenham a Eucaristia como centro das suas vidas e, a partir da Eucaristia, realizam diversas ações de apostolado e assistência social à comunidade.

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13 fevereiro 2023, 17:24