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Marielle Cafafa - Chefe de Orquestra Marielle Cafafa - Chefe de Orquestra  

Marielle Cafafa - Uma prodigiosa Chefe de Orquestra - I

Embora seja altamente formada, costumam apresentá-la como primeira mulher Chefe d'Orquestra do ultramar. Mas, para ela, o importante é estar no lugar certo e, à cabeça duma orquestra, se sente plenamente à vontade - afirma. Numa entrevista em que sobressai a mensagem humana e espiritual que, como artista plural e pedagoga, quer transmitir, Marielle Cafafa confia ao África em Clave Feminina a alegria da sua profissão e a missão a que se sente chamada, não obstante as possíveis dificuldades.

Dulce Araújo – Vaticannews

Professora de Canto na Universidade de Roen, Marielle Cafafa não se limita a ensinar a cantar. O seu método vai muito para além disso, dando à pessoa instrumentos para enfrentar eventuais adversidades da vida. E esses instrumentos passam pela espiritualidade, revela esta artista culturalmente mestiça, para quem a mestiçagem, não obstante tudo, é uma grande força que pode predispor a uma maior abertura ao outro e outras culturas.

No que toca ao facto de a definirem, antes de mais, como primeira mulher ultramarina, Chefe de Orquestra, Marielle Cafafa, não se incomoda, mas deixa claro que não procura a todo o custo ser Chefe d’Orquestra; foi esta profissão que veio ao seu encontro e ela respondeu, “sim, vou”. E sente-se plenamente no seu lugar na direção duma orquestra.  De resto – dá a entender – para quem, como ela, valoriza o aspeto humano, a espiritualidade, o que conta não é o género ou a cor da pele, mas a competência e os valores que a pessoa traz em si. Daí, os anos de preparação e numa ótica interdisciplinar. E é nesta direção que aconselha quem aspira a ser chefe de orquestra a orientar-se, pois é uma profissão complexa. Há que estar bem preparados.

Deixamos aqui a emissão “África em Clave Feminina: música e arte” do dia 7 de julho 2022, com alguns aspetos da ampla entrevista que Marielle Cafafa nos concedeu. Disponibilizaremos proximamente a parte em que aborda, de forma mais explicita, a sua conceção de espiritualidade, a sua participação no júri do concurso internacional “Grandes Vozes Líricas da África” e elucida amplamente os caminhos que, a seu ver, podem levar a ser um bom chefe de orquestra.

Quanto à sua ampla formação, a crónica do poeta, ensaísta e editor, Filinto Elísio (Rosa de Porcelana Editora) nos dá a ideia do que tem sido o empenho e o desejo de saber de Marielle Cafafa que, para além do abrangente campo da música e da pedagogia, é também bailarina, esteta, estilista.

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07 julho 2022, 16:50