Igreja em Angola celebra Dia Nacional da Reconciliação com apelos à tolerância

Anastácio Sasembele – Luanda, Angola

Todos os anos, desde 1996, a Igreja Católica em Angola passou a celebrar, no 4º domingo da quaresma, o dia Nacional da Reconciliação e, desde 2019, a Comissão Episcopal de Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) organiza as Jornadas da Reconciliação Nacional e da Paz, e este ano não fugiu a regra, as Jornadas da Reconciliação arrancaram domingo (27/03) e terminam a 4 de abril, dia da Paz.

Para esta Jornada Nacional de Reconciliação, os Bispos da CEAST sugerem a busca de caminhos comuns para a consolidação da paz e reforço da reconciliação nacional, ao mesmo tempo chamam a atenção pela crescente tensão social, quando nos aproximamos das eleições gerais, com actos de intolerância política entre forças políticas, com agressões mútuas e um tom verbal cada vez mais violento.

D. Gabriel Mbilingi, arcebispo do Lubango, realça que os 20 anos de paz em Angola devem servir para uma reflexão profunda de “quem somos e para onde vamos”. 

E o arcebispo de Malanje afirma que Angola precisa de homens novos capazes de construir uma reconciliação efectiva e verdadeira.  

“Deixemos de parte os sentimentos de vingança, divisões e rivalidade porque hoje somos chamados à reconciliação”, acrescenta D. Luzizila Kiala.

E da diocese mais ao norte de Angola vem a mensagem de D. Belmiro Chissengueti, Bispo de Cabinda, o prelado considera que o País precisa encontrar a reconciliação efectiva nas várias dimensões sociais e, neste ano eleitoral, recomenda a juventude a não se deixar manipular por qualquer interesse, que possa colocar em perigo as suas vidas.

A Semana Nacional da Reconciliação decorre sob lema: “Senhor fazei de mim um instrumento da vossa Paz”. (São Francisco de Assis).