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Deslocados internos, vítimas do conflito em Cabo Delgado (Moçambique) Deslocados internos, vítimas do conflito em Cabo Delgado (Moçambique) 

Moçambique: pelo menos 11 pessoas mortas por insurgentes em Cabo Delgado

Pelo menos 11 pessoas foram mortas, sexta-feira (18), por grupos armados (rebeldes) em cinco aldeias da província de Cabo Delgado, a norte de Moçambique. Na mesma bitola, forças militares conjuntas anunciaram a morte de sete insurgentes em Palma.

Hermínio José – Maputo, Moçambique

Segundo a Lusa, agência noticiosa portuguesa, tanto num caso quanto noutro, as ocorrências estão situadas no extremo norte da província, junto à fronteira com a Tanzânia. Os ataques às cinco aldeias são atribuídos pela população a grupos insurgentes que desde 2017 atormentam Cabo Delgado.

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Neste mais recente ataque as aldeias atingidas foram, Chikwaia velha, Chikwaia Kankhomba, Janguane, Muia e Mungano no distrito de Nangade, onde diversos bens foram saqueados e habitações destruídas parcial ou totalmente.

O número de mortes poderá estar acima de 11, segundo as mesmas fontes. Os ataques destruíram ainda um acampamento de pescadores junto a um rio.

Igreja chocada com os ataques armados

Entretanto, em entrevista ao Vatican News, o director da Caritas diocesa de Pemba, Manuel José Nota, afirma que, estes ataques retiram a esperança da população que aos poucos já buscava regressar às suas zonas de origem, fruto da relativa calmia, nos últimos tempos.

Manuel Nota apela às pessoas de boa vontade e sociedade em geral a prestar solidariedade aos milhares de famílias deslocadas, estas que passam por uma crise humanitária, devido ao impacto negativo dos ataques terroristas.

População em desespero

Na sequência destes ataques, desde sexta-feira há uma nova fuga da população para a vila de Nangade, sede de distrito, em busca de segurança.

O distrito de Nangade está entre duas partes distintas de Cabo Delgado: a nascente faz fronteira com Palma e Mocímboa da Praia, palco dos principais confrontos, e do lado poente com Mueda, que tem servido de refúgio para milhares de deslocados.

Refira-se que à medida que a ofensiva apoiada pelo Ruanda e Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) avança, suspeita-se que também os rebeldes fogem para distritos e províncias vizinhas, dando origem a ataques pontuais contra povoações.

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23 fevereiro 2022, 15:27