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Cabo Verde tem potenciais para desenvolver o cinema: Gueny Pires

O Djarfogo International Film Festival - DIFF - que teve a sua primeira edição na ilha caboverdiana do Fogo, em novembro passado, já tem data marcada para a segunda edição: será de 8 a 12 de novembro de 2022 - anunciou a Txam Film Productions & Visual Artes criada pelo cineasta e antropólogo caboverdiano, residente em Los Angeles, nos Estados Unidos, Gueny Pires, responsável pelo DIFF.

Dulce Araújo - Vaticannews 

A escassa representação da África, das suas gentes e das suas culturas no cinema, levou Gueny Pires e os seus parceiros a fundar a Txan Film Productions &Visual Arts com o objectivo de produzir filmes sobre o continente africano e a sua diáspora. 

Residente em Los Angeles, mas natural da ilha do Fogo, Gueny Pires lançou este ano um Festival Internacional  - o Djarfogo International Film Festival - para valorizar os recursos naturais e a cultura dessa ilha e ajudar, ao mesmo tempo, a suplir à necessidade de formação de jovens nas artes audiovisuais. 

A primeira edição do DIFF teve lugar de  9 a 13 de novembro de 2021 na ilha do Fogo, tendo levado à ilha do vulcão mais de uma centena de filmes, diversas personalidades do mundo cinema, feito homenagens a grandes figuras da ilha e realizado encontros de formação em escolas e liceus.  O Comandante Pedro Pires, Combatente pela Liberdade e antigo Presidente da República de Cabo Verde, foi convidado de honra e enriqueceu o Festival com uma Lectio Magistralis. 

O DIFF que terá sempre a ilha do Fogo como ponto focal, pretende ser, todavia, um Festival itinerante,  olhando para outras ilhas de Cabo Verde e para países da região ocidental da África, como a Guiné-Bissau. Para já, a data da segunda edição está marcada para 8 a 12 de novembro de 2022 na ilha do Fogo. 

Em relação à primeira edição, em entrevista concedida à Rádio Vaticano no dia 16 de novembro, a poucos dias da sua conclusão, Gueny Pires declarava-se bastante satisfeito, não obstante alguns constrangimentos de caracter económico, e dizia-se esperançoso de que as próximas edições sejam muito melhores. Exprimia também o desejo de que haja mais participação da sociedade, das autoridades, dos meios de comunicação social e dos profissionais de cinema e audio-visuais a fim de que - numa união harmoniosa de forças internas e externas - se possa desenvolver o cinema no arquipélago caboverdiano.

Gueny Pires considera que o cinema em Cabo Verde é ainda incipiente e precisa de ser acarinhado por todos para se poder desenvolver e o país, a seu ver, tem potenciais para que esta forma de arte possa desabrochar-se plenamente. 

Oiça

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22 dezembro 2021, 17:48