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Palácio do Governo em Bissau (Guiné-Bissau) Palácio do Governo em Bissau (Guiné-Bissau) 

Guiné-Bissau. Governo decreta estado de calamidade devido à pandemia da Covid-19

O Governo da Guiné-Bissau decretou na noite de quinta-feira, (26.08), o estado de calamidade pública no país devido à terceira vaga da pandemia de Covid-19 que está a ter uma “evolução dramática”, segundo o decreto presidencial.

Casimiro Jorge Cajucam – Rádio Sol Mansi, Guiné-Bissau

De acordo com o decreto da Presidência da República, todos os cidadãos, exceto aqueles que pertencem aos serviços indispensáveis, são obrigados a recolher, a partir das 20 horas até às cinco da manhã, durante 15 dias, período em que vigora o estado da calamidade. As igrejas, mesquitas e lugares de culto permanecem enceradas na Guiné-Bissau que entra a partir desta sexta-feira, (27/08), em novo período de estado da calamidade e o recolher obrigatório.

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É permitida a circulação, entre outros, do pessoal da saúde, das forças da defesa e segurança, da comunicação social, portos e aeroporto, bancos e elementos das representações diplomáticas.

O decreto presidencial explica ainda que “salvo para assuntos de urgência sanitária ou de viagem aérea, marítima ou terrestre para o estrangeiro, a circulação de pessoas nas ruas e vias públicas só é permitida das 05:00 horas às 19:59.

A circulação de pessoas em situação de viagem referida só é permitida mediante a apresentação de um Certificado de Teste de base molecular por RT-PCR negativo para o vírus SARS-CoV-2, emitido por um laboratório credenciado”.

As pessoas que residem em Bissau, Safim e Prábis não podem circular para fora da área geográfica que abrange, em conjunto, o Setor Autónomo de Bissau, Setores de Safim e Prabis, que ficam pouco menos de 20 km de Bissau. E, de acordo com o Governo, as pessoas que residam habitualmente nas regiões não podem circular para fora das áreas geográficas das respetivas regiões.

A prática desportiva coletiva e/ou funcionamento da época desportiva é proibido, tais como, também, reuniões e manifestações com mais de 25 pessoas e eventos sociais, recreativas ou culturais. Igualmente o exercício em coletivo das atividades religiosas, designadamente nas igrejas, mesquitas, locais de culto e de rituais tradicionais é proibido.

Os mercados e estabelecimentos comerciais passam a funcionar de segunda a sexta-feira entre as 5 de manha às 15 da tarde, e enceramento aos sábados e domingos, para limpeza e desinfeções.

O Executivo de Nuno Gomes Nabiam justificou no decreto que estabeleceu as medidas, que entre 18 junho e 22 de agosto, foram registados 1.500 novos casos de infeções por Covid-19, correspondentes a 27% dos casos, desde o início da pandemia no País. E, pela segunda semana consecutiva, o País registou um número recorde de novos casos e de óbitos pela doença.

Durante a semana de 16 a 22 de agosto foram registados 395 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 13 óbitos. Entretanto, a Ata Comissaria de luta contra Covid-19 no País, a médica e ex-ministra da Saúde, Magda Nely Robalo, voltou a falar de uma terceira vaga assustadora: “Infelizmente o País continue a registar recordes de óbitos e de novas infeções por coronavírus”, lamenta a médica e ex-ministra da Saúde.

No espaço de duas semanas, um total de 30 guineenses morreram de Covid-19, representando 33% de todas as mortes desde o início da pandemia, em março de 2020. A taxa de positividade também triplicou num período de três semanas, passando de 5,3% para 15,1%, de acordo com os dados divulgados pelo Governo guineense que considera a evolução de dramática

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31 agosto 2021, 09:27