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Consternação e tristeza dos Bispos após mais um ataque dos jihadistas. Consternação e tristeza dos Bispos após mais um ataque dos jihadistas. 

Burkina Faso. Consternação e proximidade dos Bispos após novo ataque jihadista

"Consternação e tristeza" são expressas pelos Bispos da Conferência Episcopal do Burkina Faso e Níger (CEBN) por mais um massacre terrorista perpetrado aos 18 de agosto por supostos jihadistas contra uma coluna militar, que escoltava civis, no norte de Burkina Faso, e do qual resultaram 47 vítimas, incluindo 30 civis, e cerca de trinta feridos.

Cidade do Vaticano

Numa declaração divulgada na segunda-feira, 23, e assinada pelo presidente de CEBN, Dom Laurent Dabiré, os Bispos condenam firmemente o "bárbaro ataque", manifestando solidariedade e proximidade para com as famílias das vítimas e desejando uma rápida recuperação dos feridos.

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Os Bispos do Burkina Faso e Níger convidam, em seguida, "todos os filhos e filhas da Igreja-Família de Deus no Burkina Faso a intensificar a sua oração pela paz no País". “Maria, Rainha da Paz, nos acompanhe no caminho para a verdadeira paz, dom de Deus e fruto dos esforços humanos”, conclui a declaração.

O ataque ocorreu na localidade de Gorgadji, na província de Séno, na fronteira com o Mali e o Níger, várias vezes atingida nos últimos anos por grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda ou ao Estado Islâmico. O ataque de 18 de agosto é o terceiro em duas semanas contra soldados empenhados na luta contra estes grupos.

Considerado até recentemente um dos Países mais estáveis ​​da África Ocidental, a partir de 2015 Burkina Faso tem visto um aumento dramático na espiral de violência perpetrada por vários grupos rebeldes em toda a região do Sahel. Entre os ataques mais sangrentos está o ataque ocorrido no passado dia 4 de junho na aldeia de Solhan, na fronteira com o Níger, que deixou no terreno 160 vítimas, entre as quais muitas crianças. Um massacre que os Bispos haviam definido como uma verdadeira "noite dos horrores".

Numa declaração, os prelados haviam reiterado a sua forte preocupação com a insegurança em que vivem todas as populações do Sahel devido ao terrorismo, interrogando-se também sobre o interesse para o País da presença de tantas forças estrangeiras no território. O medo agora é que, depois da vitória dos Taleban no Afeganistão, possa haver um novo ressurgimento dos ataques.

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24 agosto 2021, 15:42