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2019.06.21 Campo di Rifugiati della RDC a Dundo, Angola, Campo de Refugiados da RDC em Dundo, Angola 2019.06.21 Campo di Rifugiati della RDC a Dundo, Angola, Campo de Refugiados da RDC em Dundo, Angola 

Refugiados da RDC em Angola vão regressar ao país de origem

Depois do clamor, veio a resposta, os refugiados da República Democrática do Congo (RDC) que se encontram desde Março de 2017 no centro de acolhimento do Lóvua, na província angolana da Lunda -Norte, começam a regressar a partir de Setembro do corrente ano, às suas zonas de origem

Anastácio Sasembele - Luanda

O desejo foi manifestado durante o acto central do Dia Mundial dos Refugiados (20 de Junho), no assentamento do Lóvua, em que vários grupos de refugiados organizados exibiram cartazes e cânticos a pedirem o retorno à RDC, numa demonstração da vontade de regressar à sua pátria, para darem seguimento às suas vidas.

Face aos níveis de descontentamento, dos 23.808 refugiados que se encontram na província da Lunda - Norte, a maioria (20.335) no assentamento do Lóvua, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) realizou, recentemente, uma sondagem e concluiu que 85 por cento dos refugiados, no assentamento do Lóvua, manifestam o desejo de regressar ao país de origem.

Os refugiados congoleses apontam as deficientes condições do assentamento, em que há escassez de tudo, desde alimentação, água, assistência médica e medicamentosa, como a principal causa do descontentamento.

Em resposta à manifestação da vontade dos refugiados, a representante do ACNUR em Angola, Philippa Candler, garantiu que estão a ser estudadas com as autoridades angolanas e congolesas formas para o repatriamento voluntário, antes do mês de Setembro.

Philippa Candler avisou que o processo de repatriamento vai ser faseado, devido as dificuldades de logística. A responsável do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados referiu ainda que em Angola são controlados 70 mil refugiados, 30 mil requerentes de asilo.

Por ocasião do dia mundial do Refugiado foi rezada em Luanda – Angola uma missa, na homilia o Secretário da Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), padre Celestino Epalanga, apelou as organizações não governamentais, grupos e movimentos apostólicos a continuarem apoiar os mais necessitados como os refugiados.

“Os refugiados não são uma ameaça, são pessoas como qualquer ser humano devem ser tratados com dignidade” referiu no final da missa a madre Neid Lamperk, Secretária Executiva da Comissão Episcopal da CEAST para o Migrante e Itinerante.

Oiça

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27 junho 2019, 15:34