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Um mercado em Togoville, arredores de Lomé Um mercado em Togoville, arredores de Lomé 

Eleições no Togo: grito de alarme de um sacerdote católico

Enquanto se aproxima o escrutínio legislativo de 20 de dezembro, a situação está ficando cada vez mais tensa no País. Muitas organizações da sociedade civil e os líderes religiosos pedem que as eleições sejam adiadas até que sejam realizadas as reformas.

Cidade do Vaticano

As eleições parlamentares terão certamente lugar a 20 de dezembro no Togo, anunciou esta quinta-feira o governo. O clima está a ficar cada vez mais tenso à medida que o escrutínio se aproxima. Pelo menos quatro pessoas foram mortas no início desta semana em Lomé e numa das fortalezas da oposição, depois de um fim de semana que já era tenso.

O país atravessa uma grave crise política há mais de um ano com manifestações a exigir a saída do presidente Faure Gnassingbé, que sucedeu ao seu pai em 2005. A coalizão da oposição, que boicota estas eleições parlamentares e denuncia "irregularidades" na sua preparação, havia convocado manifestações por uns dez dias, de 8 a 18 de dezembro, para exigir a interrupção do processo eleitoral.

Colocar o povo no centro das decisões

Muitas vozes da sociedade civil, mas também autoridades religiosas, exigem que as reformas constitucionais tenham lugar antes de qualquer votação.

O Padre Pierre Channel Affognon é o Capelão nacional dos quadros católicos do Togo e primeiro porta-voz do movimento "forças Vivas Esperança para o Togo", e não esconde a sua preocupação por uma conflagração do país.

Para ele, o Togo corre de facto o risco de experimentar novos ciclos de violência depois de uma votação rejeitada por uma grande parte da população. O Padre Affognon contesta particularmente o facto de que os líderes políticos, tanto no poder como na oposição, deixaram o povo togolês à própria sorte, enquanto os desafios da pobreza e do desenvolvimento são imensos.

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15 dezembro 2018, 12:21