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Sínodo Amazônico: artista brasileira apresenta em Roma obras premiadas na Europa

A mostra de arte estará em exposição até o final do Sínodo dos Bispos, em 27 de outubro. Mari Bueno, de Sinop, no Mato Grosso, apresenta 6 obras que trazem os elementos da Amazônia como identidade principal e que já foram premiadas no Brasil, na Alemanha, na Suíça e até expostas no Museu do Louvre, em Paris, o maior museu de arte do mundo: “acredito ser um momento de reflexão, não somente para a Amazônia, mas que todos passem a olhar o local onde vivem. O que está em torno de você e o que eu posso cuidar mais?”

Andressa Collet – Cidade do Vaticano

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Seis obras de autoria de Mari Bueno que retratam os elementos da Amazônia, premiadas em diferentes cidades da Europa, estão sendo expostas na Sala de Imprensa da Santa Sé (Via della Conciliazione, 54) até o final do Sínodo dos Bispos em 27 de outubro. A iniciativa faz parte do projeto “Amazônia: Casa Comum” que promove eventos paralelos à assembleia no Vaticano mostrando a realidade daquela região.

A artista de Sinop, no Mato Grosso, esteve em Roma na primeira semana do Sínodo, no início de outubro, para ultimar os detalhes da mostra de arte intitulada Exposição Amazônia.

“Duas dela, a “Esperança” e “Agressão” já foram expostas no Museu do Louvre, em Paris, em 2010, e receberam menção honrosa. A outra, “Família Indígena”, recebeu medalha de ouro em Genebra, em 2013, e a “Mato Grosso” recebeu medalha de bronze da Sociedade Brasileira de Belas Artes no Rio de Janeiro no ano de 2000. E a sexta obra “Selvagem” recebeu medalha de ouro na Alemanha, em 2003.”

Pensar na Amazônia, é pensar na nossa casa

Mari Bueno é mestra em Mariologia e associada da Academia Marial de Aparecida e tem direcionado o trabalho atualmente para o tema mariano: 90% dos trabalhos da artista de hoje predominam a arte sacra e os espaços litúrgicos, diretamente ligados à Igreja. A Amazônia, porém, que inspirou seu início de carreira, não consegue ser desvinculada. Mari explica que a arte traz a liberdade de interpretação e colabora para o grande momento que vivemos de reflexão, inspirando uma harmonia que precisa existir entre as relações e procurando “equilibrar o progresso e o cuidado da nossa casa, da natureza que Deus nos deu”.

“Não consigo desvincular a arte amazônica da arte sacra, pois é uma trabalho que tem uma fusão, tem uma união, porque retrata a natureza, retrata o homem e a sua origem. E às vezes pela nossa busca desenfreada pelo progresso, nós nos afastamos e nos distanciamos desses elementos. Acredito ser um momento de reflexão, não somente para a Amazônia, mas que todos passem a olhar o local onde vivem. O que está em torno de você e o que eu posso cuidar mais? A arte instiga, a arte faz pensar, faz refletir e espero que ela colabore de alguma forma com o dia a dia e reflexão das pessoas que possam ter acesso às imagens.”

Ouça a íntegra da live no Facebook com Mari Bueno, em 8/10/19
Registro da live no Facebook com a artista brasileira
Registro da live no Facebook com a artista brasileira

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22 outubro 2019, 10:52