"Onde houver ódio, que eu leve o amor", diz o banner levado por fiéis, após Missa celebrada na Catedral de Paris em memória do sacerdote assassinado em 2016 "Onde houver ódio, que eu leve o amor", diz o banner levado por fiéis, após Missa celebrada na Catedral de Paris em memória do sacerdote assassinado em 2016 

Três condenações pelo assassinato do padre Jacques Hamel

Após 5 anos, foi concluída a investigação sobre o assassinato ocorrido na Normandia. 13 anos de prisão para o principal inspirador do crime. Prisão também para dois apoiadores. Os dois assassinos, de 19 anos, foram mortos pela polícia imediatamente após o assassinato.

Após 5 anos, foi concluída a investigação sobre o assassinato ocorrido na Normandia. 13 anos de prisão para o principal inspirador do crime. Prisão também para dois apoiadores. Os dois assassinos, de 19 anos, foram mortos pela polícia imediatamente após o assassinato.

Após cinco anos de investigação judicial, foi dado o tão esperado veredicto no julgamento do bárbaro assassinato do padre Jacques Hamel, de 85 anos, ocorrido em 26 de julho de 2016, enquanto celebrava a Missa na Igreja de Santo Estêvão em Saint-Étienne -du-Rouvray, nos arredores de Rouen, Normandia.

 

Os dois terroristas de 19 anos afiliados ao Daesh, Adel Kermiche e Abdel-Malik Petitjean, foram mortos pela polícia na sequência do ataque. Já outros 3 envolvidos na ação ouviram a sentença de condenação pronunciada na Corte de Apelação de Paris nesta quinta-feira, 10 de março de 2022.

Steven Jean-Louis, 25 anos, considerado o principal inspirador do ataque na França, recebeu uma pena de 13 anos de prisão. Na época, ele era uma "personalidade da jihadosfera" e também representava uma "figura de autoridade" para Abdel-Malik Petitjean, como demostrou a investigação, destacando "a capacidade de comprometer" e o papel de intermediário de Jean-Louis. Os outros dois principais réus, Farid Khelil, de 36 anos, e Yassine Sebaihia, de 27 anos, foram condenados a 10 e 8 anos, respectivamente.

O arcebispo de Rouen, Dom Dominique Lebrun, presente no julgamento como parte civil em nome da diocese, assim se manifestou sobre o veredicto: “Durante três semanas, descemos ao inferno. Violência, mentiras, covardia, perversão da fé, miséria moral, o fracasso de nossa sociedade encheram estas semanas. Mas tudo isso não tem a ver com a verdadeira fé que constrói a fraternidade, com o amor escolhido por graça e não por mérito, não prevalecerá sobre o exemplo e o martírio do padre Jacques Hamel que indica o caminho da verdadeira vida”.

A causa de beatificação do padre Hamel está sendo examinada pela Congregação para as Causas dos Santos, após a conclusão da fase diocesana em março de 2019.

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11 março 2022, 07:17