O prelado espanhol teve uma longa carreira diplomática no Vaticano O prelado espanhol teve uma longa carreira diplomática no Vaticano 

Dom Félix del Blanco Prieto, esmoleiro do Papa até 2012, faleceu aos 84 anos

O prelado espanhol, esmoleiro pontifício até 2012, morreu no sábado (10), em Roma, aos 84 anos de idade. Dom Félix del Blanco Prieto, com longo serviço na diplomacia do Vaticano, dizia que trabalhava em nome de “uma caridade que não faz barulho”.

Benedetta Capelli - Vatican News

Luto na Igreja. No último sábado (10), aos 84 anos de idade, dom Félix del Blanco Prieto morreu no Policlínico Gemelli de Roma, na Itália. Até 3 de novembro de 2012, o prelado espanhol foi esmoleiro do Papa, um cargo que, em entrevista ao jornal vaticano L'Osservatore Romano, disse ter cumprido em nome de "uma caridade que não faz barulho". Ele explicou que a cada um tentavam "levar um pouco de alegria, oferecendo um sinal da presença e da atenção do Pontífice".

Um longo serviço à Igreja

Natural de Mogrovejo, na Espanha, ele nasceu em 15 de junho de 1937 e foi ordenado sacerdote em 27 de maio de 1961. No Vaticano, dom Félix foi chamado para colaborar com o então secretário de Estado, cardeal Agostino Casaroli. Em 31 de maio de 1991, o Papa João Paulo II o nomeou arcebispo titular, pró-núncio apostólico em São Tomé e Príncipe e delegado apostólico em Angola. No mesmo ano, o cardeal Casaroli presidiu a sua ordenação episcopal. Foi o início de um serviço na diplomacia do Vaticano, principalmente na África, em 1996 como núncio em Camarões e, depois, na Guiné Equatorial.

Em 2003 ele foi escolhido para a Sé de Malta e, também naquele ano, foi nomeado núncio apostólico na Líbia. Em 28 de julho de 2007, o Papa Bento XVI o chamou para assumir como esmoleiro pontifício, um papel que desempenhou à luz da sua longa experiência na África - chegou a explicar o próprio dom Félix del Blanco Prieto. Uma missão que o marcou e o fez compreender que a pobreza faz parte dos países onde havia vivido, "domina geograficamente", "se estende no tempo e no espaço". “Devo dizer", afirmou ainda o arcebispo após 16 anos na África, "que o povo do continente tem o desejo de sair desse estado de miséria".

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12 abril 2021, 09:54