Papa participa das exéquias do amigo argentino, Pe. Diego Fares, falecido aos 66 anos
Amedeo Lomonaco - Vatican News
O Papa Francisco participou do funeral do amigo jesuíta Diego Fares, na manhã desta quinta-feira (21), na capela da Cúria Geral da Companhia de Jesus, em Roma. O Pontífice concelebrou e permaneceu por um longo tempo em oração ao lado do caixão do sacerdote argentino, que morreu aos 66 anos na noite de 19 de julho e após um longo período doente.
Entre os concelebrantes estava também o cardeal jesuíta Michael Czerny, prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral. A homilia foi feita pelo Padre Antonio Spadaro, diretor de "La Civiltà Cattolica", uma revista da qual o Pe. Fares era escritor desde 2015. A cerimônia de exéquias contou com a presença de muitos irmãos e responsáveis de casas dos jesuítas em Roma, assim como de duas irmãs do religioso falecido.
Uma personalidade decisiva e transparente
O Pe. Spadaro começou a homilia lembrando do jesuíta falecido com estas palavras: "um semeador que semeou muito, sem consideração pelas medidas e proporções". "Sua personalidade era forte, decisiva, mas era transparente, manso. Dava para sentir a paixão, sentir o magma e a forte capacidade de ser claro, de falar a sua, de ter uma direção, de desmontar toda hipocrisia". Com a eleição do Papa Francisco, explicou Pe. Spadaro, ele se colocou para a revista "a missão de acompanhar o novo Pontífice da melhor maneira possível". E buscava "quem poderia ser útil". Foi fácil identificar a pessoa certa. "O próprio Papa, no retorno da sua viagem ao Brasil, havia aconselhado os jornalistas a lerem os livros de Diego".
A conexão com o Papa Francisco
O Padre Diego Fares nasceu em Mendoza em 9 de agosto de 1955. Havia sido recebido na Companhia de Jesus pelo então provincial jesuíta na Argentina, Padre Jorge Bergoglio. Era 21 de fevereiro de 1976. O "Padre Bergoglio", lembrou Spadaro, "foi também o seu padrinho na ordenação sacerdotal (1986). A sua ligação com ele era muito forte". "Diego tinha uma inteligência do Pontificado que vinha de uma profunda comunhão espiritual com Francisco e outros jesuítas da sua geração. Essa inteligência espiritual para ele - através da obediência à Companhia - tornou-se uma verdadeira missão".
A forma natural das palavras era o diálogo
Padre Spadaro finalmente lembrou um episódio ligado à figura de Padre Fares e seu compromisso como escritor para a revista: "quando eu lhe pedi o primeiro artigo, ele me enviou. Era um magma vivo. Impossível de publicar, mas absolutamente necessário, de publicar, então. Chegamos à decisão de transformá-lo em uma entrevista. E assim as suas palavras voltaram à sua forma natural: a conversa, o diálogo, a dialética, o encontro com um 'você'". "Diego", concluiu Padre Spadaro, "foi um semeador no campo da nossa vida e na vida de muitos".
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