Palavra do dia

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Data28/03/2021

Leitura do Dia

Primeira Leitura 

Leitura do Livro do Profeta Isaías (Is 50,4-7)

O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás.

Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.

 

Segunda Leitura

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses  (Fl 2,6-11)

Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, e morte de cruz.

Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.

Evangelho do Dia

Anúncio do Evangelho (Mc 15,1-39 - Forma breve)

Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Marcos:

Logo pela manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os mestres da Lei e todo o Sinédrio, reuniram-se e tomaram uma decisão. Levaram Jesus amarrado e o entregaram a Pilatos. E Pilatos o interrogou:

Leitor 1: “Tu és o rei dos judeus?”

Narrador 1: Jesus respondeu:

— “Tu o dizes”.

Narrador 1: E os sumos sacerdotes faziam muitas acusações contra Jesus. Pilatos o interrogou novamente:

Leitor 1: “Nada tens a responder? Vê de quanta coisa te acusam!”

Narrador 1: Mas Jesus não respondeu mais nada, de modo que Pilatos ficou admirado. Por ocasião da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles pedissem. Havia então um preso, chamado Barrabás, entre os bandidos, que, numa revolta, tinha cometido um assassinato. A multidão subiu a Pilatos e começou a pedir que ele fizesse como era costume. Pilatos perguntou:

Leitor 1: “Vós quereis que eu solte o rei dos judeus?”

Narrador 2: Ele bem sabia que os sumos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja. Porém, os sumos sacerdotes instigaram a multidão para que Pilatos lhes soltasse Barrabás. Pilatos perguntou de novo:

Leitor 1: “Que quereis então que eu faça com o rei dos judeus?”

Narrador 2: Mas eles tornaram a gritar:

— “Crucifica-o!”

Narrador 2: Pilatos perguntou:

Leitor 1: “Mas, que mal ele fez?”

Narrador 2: Eles, porém, gritaram com mais força:

— “Crucifica-o!”

Narrador 2: Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado. Então os soldados o levaram para dentro do palácio, isto é, o pretório, e convocaram toda a tropa. Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça. E começaram a saudá-lo:

— “Salve, rei dos judeus!”

Narrador 1: Batiam-lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, vestiram-no de novo com suas próprias roupas e o levaram para fora, a fim de crucificá-lo.

Narrador 2: Os soldados obrigaram um certo Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, que voltava do campo, a carregar a cruz. Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer “Calvário”. Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas ele não o tomou. Então o crucificaram e repartiram as suas roupas, tirando a sorte, para ver que parte caberia a cada um.

Narrador 1: Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. E ali estava uma inscrição com o motivo de sua condenação: “O Rei dos Judeus”. Com Jesus foram crucificados dois ladrões, um à direita e outro à esquerda. Os que por ali passavam o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:

— “Ah! Tu, que destróis o Templo e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo, descendo da cruz!”

Narrador 1: Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, com os mestres da Lei, zombavam entre si, dizendo:

— “A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! O Messias, o rei de Israel... que desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!”

Narrador 2: Os que foram crucificados com ele também o insultavam. Quando chegou o meio-dia, houve escuridão sobre toda a terra, até as três horas da tarde. Pelas três da tarde, Jesus gritou com voz forte:

— “Eloi, Eloi, lamá sabactâni?”

Narrador 2: Que quer dizer:

— “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”

Narrador 2: Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-o, disseram:

— “Vejam, ele está chamando Elias!”

Narrador 2: Alguém correu e embebeu uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu de beber, dizendo:

— “Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz”.

Narrador 1: Então Jesus deu um forte grito e expirou. (Todos se ajoelham um instante) Nesse momento, a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes. Quando o oficial do exército, que estava bem em frente dele, viu como Jesus havia expirado, disse:

— “Na verdade, este homem era Filho de Deus!”

Palavras do Santo Padre

Jesus sofreu a traição do discípulo que O vendeu e do discípulo que O renegou. Foi traído pela multidão que primeiro clamava hossana, e depois «seja crucificado!» (Mt 27, 22). Foi traído pela instituição religiosa que O condenou injustamente, e pela instituição política que lavou as mãos. Pensemos nas traições, pequenas ou grandes, que sofremos na vida. É terrível quando se descobre que a confiança deposta foi burlada. No fundo do coração, nasce uma tal decepção que a vida parece deixar de ter sentido. É assim, porque nascemos para ser amados e para amar, e o mais doloroso é ser traído por quem nos prometera ser leal e solidário. Não podemos sequer imaginar como terá sido doloroso para Deus, que é amor. (Homilia, 5 de abril de 2020)