João Paulo II quando esteve no Brasil, em 1980 João Paulo II quando esteve no Brasil, em 1980 

Dom Orani: hoje é dia de ação de graças pela vida e missão de João Paulo II

Do Rio de Janeiro, o cardeal Orani João Tempesta fala sobre a importância de celebrar o centenário de nascimento do Papa polonês, uma data para “agradecer a Deus pela sua vida e missão, depois de ter servido a Igreja com toda a sua criatividade e, ao mesmo tempo, disposição de evangelizar”. O arcebispo lembra da capacidade de JP II de “grande pregador”, a partir de encontros com os bispos no Vaticano até as viagens pelo mundo, como fez nas passagens pelo Brasil.

Andressa Collet – Cidade do Vaticano

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O arcebispo do Rio de Janeiro, o cardeal Orani João Tempesta, também está celebrando neste dia 18 o centenário de nascimento de São João Paulo II, numa história de duas vidas dedicadas à Igreja que se entrelaçam em momentos pontuais e nos diferentes continentes. O arcebispo brasileiro relembra com carinho quando o Papa polonês o nomeou para ser bispo de São José do Rio Preto até quando esteve próximo do então Pontífice, no Vaticano:

“De uma certa forma, eu vivi grande parte do meu sacerdócio e do meu episcopado com o Papa São João Paulo. Ele começou em 78 o seu Ministério de Pedro, e eu ainda era um jovem padre. Depois, quando fui chamado ao Episcopado, foi ele quem me chamou para ser bispo de Rio Preto. Depois, foram tantas as vezes que eu pude estar com ele nas visitas Ad Limina, sempre um momento muito bonito, de visita pessoal, poder conversar e concelebrar com o Papa na sua capela particular e também fazer uma refeição com ele: eram os costumes também dessa proximidade dos bispos com o Papa.”

Grande homem e pregador

Além da proximidade pessoal, o cardeal também recorda momentos pelos quais fizeram de João Paulo II um líder religioso admirado e seguido no mundo inteiro. Em especial, no Brasil, onde esteve por quatro vezes, o Papa polonês participou do II Encontro Mundial das Famílias, em outubro de 1997, na própria cidade do Rio de Janeiro, ocasião em que disse a célebre frase: “Se Deus é brasileiro, o Papa é carioca”.

“É para mim um grande homem, em momentos pós-conciliares firmou a Igreja em tantos aspectos, trouxe justamente vários sinais como, por exemplo, esse seu coração Mariano, e ao mesmo tempo como um grande pregador. Isso ele fez indo nas suas viagens, em uma centena de viagens pelo mundo. Escreveu sobre todos os assuntos, encíclicas, cartas, mensagens que marcam a história do terceiro maior pontificado de duração da história da Igreja. Eu tenho certeza que olhar e viver neste dia 18 o centenário de nascimento do Papa São João Paulo II é um dia de agradecer a Deus pela sua vida, pela sua missão, depois de ter servido a Igreja nessa passagem do século do ano 2000, de ultrapassar esse limiar do ano 2000 com toda sua criatividade e sua vida e, ao mesmo tempo, toda a sua disposição de evangelizar. Tenho certeza que, lá do céu, ele intercede por nós e nos entusiasma a continuar o caminho que um dia ele percorreu aqui dentre nós para levarmos adiante o anúncio de Jesus Cristo a todas as pessoas.”

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18 maio 2020, 11:38