Papa Francisco durante encontro inter-religioso dos jovens no Pavilhão Maxaquene, em Maputo Papa Francisco durante encontro inter-religioso dos jovens no Pavilhão Maxaquene, em Maputo 

Visita do Papa a Moçambique não faz milagre de um dia ao outro, mas é início de novos tempos

Entre os enviados do Vatican News para fazer a cobertura do Papa Francisco em Moçambique, de 4 a 6 de setembro, estava Pe. Bernardo Suate, responsável pelo programa em português da África: “a visita do Pontífice não vai trazer milagres de um dia para o outro, mas o milagre irá acontecer aos poucos à medida que formos acolhendo as mensagens fortes que foram lançadas por ele”.

Silvonei José, Andressa Collet – Cidade do Vaticano

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Três dias da viagem do Papa Francisco à África, de 4 a 6 de setembro, foram de visita a Moçambique, com cobertura especial dos enviados do Vatican News. Pe. Bernardo Suate, responsável pelo programa em português da África, acompanhou a passagem do Pontífice naquela que é a sua terra natal e, já de volta a Roma, confidenciou em entrevista que foi uma “viagem providencial”.

Papa: um hóspede que se fez irmão

“O que eu posso dizer é que foi como, sabe quando a gente acaba de comer um pedaço de bolo e fica com aquele gosto doce na boca? É um pouco daquilo que pudemos experimentar em Moçambique", disse Pe. Bernardo, que acrescentou: "ficou a saudade de um hóspede que se fez irmão, se fez próximo e se fez um de nós. Em meio aos nossos desafios e dificuldades, ficou a esperança de cada mensagem tão forte – como era aquela de paz e reconciliação em Moçambique – de que possa realmente trazer um início de tempos novos. Agora, daqui para a frente, o que vai acontecer? Vamos ter realmente a paz consolidada? A paz e os acordos que foram assinados vão ser realmente de uma paz duradoura? E a mensagem de reconciliação vai ser realmente implementada e atualizada?"

“A visita do Papa Francisco não vai trazer milagres de um dia para o outro, mas o milagre irá acontecer aos poucos à medida que formos acolhendo as mensagens fortes que foram lançadas por ele. E se você me perguntar o que ficou, é este calor que fica, esta esperança de um fogo tão abrasador que não se apague tão depressa.”

Ouça a entrevista de Pe. Bernardo concedida a Silvonei José

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10 setembro 2019, 12:03