Filipinas: milhões de fiéis na procissão do Nazareno Negro
Cidade do Vaticano
Superando as recentes ameaças terroristas de extremistas muçulmanos, mais de 1 milhão de meio de fiéis participaram no dia 9 de janeiro, em Manila (Filipinas) da procissão anual do Nazareno Negro.
A procissão, que se repete desde o século XVII, é conhecida como a “translação” e representa o sofrimento que Jesus experimentou quando percorreu o caminho ao Monte Calvário.
Durante o rito a imagem, puxada por cordas, é transportada em um carro sem rodas. Os fiéis tentam ficar o mais próximo possível da esfígie - que é uma réplica de uma imagem de madeira que existe há quatro séculos – subindo uns sobre os outros na esperança de tocá-la.
A procissão começou na madrugada e o percurso foi de três quilômetros até chegar à Basílica de Quiapo, onde está conservada a imagem original, exposta para a veneração durante o dia.
Tradição que remonta a 1606
Esta efígie do Cristo negro ajoelhado e carregando a cruz foi levada pelos missionários Agostinianos Recoletos que foram do México a Manila em 1606. A fama de ser milagrosa deriva do incêndio que destruiu o navio dos missionários, deixando a imagem intacta.
Antes de ser colocada na Igreja de Quiapo, esteve em outros templos católicos. Primeiro na igreja de Bagumbayan, hoje Luneta, nas proximidades de Manila; em 1608 foi transferida para a paróquia de São Nicolau Tolentino, onde ficou até 1700. O então arcebispo da capital, Dom Basilio Sancho Santas Justa, ordenou a transferência definitiva à igreja de Quiapo.
A devoção foi reconhecida pela Santa Sé em 1650, durante o pontificado de Inocêncio X que instituiu canonicamente a Confraria de Jesus Nazareno. Também Pio VII, no século 19, honrou o Nazareno Negro concedendo a indulgência plenária “aos pios devotos”.
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