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Súplica de Pompeia. Papa: repelir o diabo que quer dividir a Igreja

No domingo, 7 de outubro depois do Angelus, o Papa Francisco recordou da Súplica de Pompeia , para a ocasião o cardeal Mario Zenari, núncio apostólico na Síria, presidiu a tradicional celebração. O Papa disse que devemos rezar o Terço todos os dias do mês de outubro e concluir com a oração de São Miguel Arcanjo para repelir o diabo

Cidade do Vaticano

“Renovo o convite a todos para rezar o Terço todos os dias do mês de outubro, concluindo com a antífona ‘Sob a tua proteção’ é a oração a São Miguel Arcanjo, para repelir os ataques do diabo que quer dividir a Igreja”. São palavras do Papa Francisco depois da oração mariana do Angelus, recordando o dia de Nossa Senhora do Rosário e a tradicional Súplica no Santuário de Pompeia.

Celebração da Súplica

A celebração em Pompeia foi presidida pelo cardeal Mário Zenari, núncio apostólico na Síria. “Vindo da Síria marcada por sofrimentos – disse o cardeal – estou aqui para interceder, com vocês, a Nossa Senhora do Rosário pela paz e a reconciliação daquele amado país, pelo Oriente Médio, por todas as populações que sofrem pelas guerras ou calamidades naturais”.

A "Súplica à Rainha do Santo Rosário" de Pompeia é uma oração composta em 1883 pelo beato Bartolo Longo, fundador, na cidade de Pompeia, do Santuário e das obras de caridade anexas a ele. A Súplica é recitada duas vezes por ano, em 8 de maio e no primeiro domingo de outubro.

Na Síria continua o massacre de inocentes

Na sua homilia, o cardeal Mário Zenari descreveu com dor e de modo claro o horror vivido diariamente, uma tragédia que atinge todos principalmente as crianças. “O conflito sírio dura há quase oito anos, disse o cardeal, um conflito que se pode definir como “o massacre dos inocentes”: ”São muitas as crianças mortas ou feridas extraídas dos desabamentos de edifícios, ou que ficaram mutiladas pelas explosões, abusadas, torturadas, que passam fome.

Mães como a Pietà de Michelangelo

 

Apesar de “tanta indiferença”, o cardeal agradeceu a todos os que procuram enxugar as lágrimas dos que sofrem, mesmo ao preço da própria vida, e abraçou simbolicamente as mães obrigadas a chorar pelos próprios filhos, "a mesma dor marcada no mármore de Michelangelo na sua Pietà”. Quantas mães, reiterou, podem-se ver transfiguradas naquela obra: “todas as mães que têm nos braços seus filhos mortos, mortos de morte prematura, mortos pela violência, pela guerra ou por calamidades públicas, as mães da Síria, que seguram nos braços meio milhão de mortos e um milhão e meio de feridos”.

Súplica de Pompeia, escudo contra o mal

O núncio apostólico na Síria, colocou aos pés do altar de Nossa Senhora do Rosário, os sofrimentos dos cristãos perseguidos, as dificuldades que encontram as famílias; os trabalhos dos Padres sinodais, reunidos no Vaticano para refletir sobre os jovens, e recordou que a Mãe Celeste deve sempre ser o modelo para a Igreja. “A Igreja”, insistiu, deve ser “como nos recorda papa Francisco, uma Igreja em saída, para as periferias existenciais do mundo, sofrimentos de todos os tipos, físicos e morais: crianças abandonadas, jovens escravos das drogas, famílias sem trabalho ou separadas, degradação moral e ambiental”. A Igreja, acrescentou, deve ser também um hospital de campo”, “portadora de esperança e consolo.

O cardeal Mario Zenari falou também sobre a coerência da fé. “A fé e o testemunho devem caminhar juntos, disse citando Papa Francisco e o Beato Bartolo Longo: “a Igreja sem testemunhos é somente fumaça” e “a fé sem caridade é uma mentira”.

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08 outubro 2018, 13:23