Os dois braços longos do Papa: fé e caridade
Cidade do Vaticano
Celebra-se, neste domingo (23/06), o Dia da Caridade do Papa, promovido pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) em colaboração com o Óbolo de São Pedro. Esse dia é celebrado todos os anos no domingo próximo ao dia 29 de junho, Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.
O secretário-geral da CEI, dom Nunzio Galantino, enviou uma carta a cerca de 25 mil paróquias italianas, explicando que esta iniciativa é para cada pessoa um uma ocasião “para acrescentar a nossa mão à mão do Santo Padre e abraçar juntos a ele a humanidade” como “filhos de um Deus, rico em misericórdia”.
Dom Galantino reflete sobre o que nos torna ricos ou pobres e escreve que tudo depende do olhar que se assume: “Se for exclusivamente terreno, prevalece o peso específico do que é material e imediato, dinheiro e sucesso, fama e poder. Mas é o olhar de Deus que sempre inverte a perspectiva e nos devolve a dimensão eterna que nos pertence como seus filhos, e com ela a liberdade que os bens e a consideração social nos tiram, tentando reduzir nossa a humanidade somente ao ‘ter’.”
Os dois braços longos do Papa: fé e caridade
A caridade do Papa e sua gestão, que deve sempre ser mais eficaz, foi um dos temas tratados pelo próprio Papa Francisco na recente entrevista à agência de notícias britânica Reuters.
“De agora em diante”, disse o Papa, “um cardeal irá chefiar o organismo competente. O atual responsável pela Esmolaria Apostólica será, portanto, elevado a cardeal e assim os seus sucessores, institucionalizando um perfil mais elevado ao departamento que promove a ajuda aos pobres”.
Francisco explicou: “Penso que existam dois braços longos do Papa - aquele que cuida da custódia da fé, e ali o trabalho é feito pela Congregação para a Doutrina da Fé, e o prefeito deve ser um cardeal.”
“O outro braço longo do Papa é a caridade, e ali deve haver um cardeal: estes são os dois braços longos do Papa: fé e caridade.”
Iniciativas da Esmolaria Apostólica
O arcebispo polonês dom Konrad Krajewski, atualmente responsável pela Esmolaria Apostólica, que remonta ao início do século XIII, será criado cardeal no Consistório da próxima quinta-feira (28/06), junto com outros 13 arcebispos.
Guiado por dom Krajewski, a esmolaria viu multiplicar as iniciativas de caridade. Ele gira muitas vezes pelas ruas de Roma para encontrar os pobres e sem-teto.
O Papa o recomendou, pedindo-lhe para “sair” e dizendo-lhe que em seu escritório não haveria necessidade de uma escrivaninha.
“Nas proximidades da Praça de São Pedro”, relata Philip Pullella, da Reuters, “foram instalados chuveiros e estruturas de saúde para os sem-teto e necessitados, e grupos deles foram acompanhados a espetáculos de circo e visitas particulares à Capela Sistina”.
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