Dom Tonino Bello Dom Tonino Bello 

Papa Francisco visita a Puglia seguindo os passos de D. Tonino Bello

Fervem os preparativos em Alessano e Molfetta pela chegada do Papa Francisco no próximo dia 20 de abril, por ocasião do 25º aniversário da morte do padre Tonino Bello. As emoções e a recordação do reitor do Seminário Episcopal de Ugento.

Cidade do Vaticano

“A visita do Papa Francisco à Igreja de Ugento – Santa Maria di Leuca e a sua oração junto ao túmulo do Servo de Deus, D. Tonino Bello é um dom inesperado e especial”. Uma homenagem a uma testemunha fiel do Evangelho, uma “figura emblemática”, que “aproximou a Igreja das pessoas”. Com essas palavras, padre Beniamino Nuzzo, reitor do Seminário episcopal de Ugento, comenta a expectativa para a chegada do Pontífice, que sexta-feira estará em Alessano, cidade natal de D. Tonino, onde rezará junto do túmulo do sacedote e para encontrar os fiéis; depois irá a Molfetta, diocese na qual o Servo de Deus foi bispo, para a concelebração eucarística.

Educação ao entusiasmo

Reitor do Seminário Episcopal de Ugento a partir de 1976, Dom Tonino guiou com esmero aqueles anos fundamentais que colocaram à prova sua capacidade educacional e pastoral, o seu incansável empenho, a sua cultura sem confrontos. Para “muitos jovens”, recorda padre Beniamino “os anos passados no seminário foram uma experiência especial, podemos dizer revolucionária”, durante a qual “o objeto principal do ensino foi um estilo de vida”, “a educação ao entusiasmo”, que é o “fruto precioso de uma existência vivida plenamente em Deus”. Podemos dizer, continua o atual reitor, que entendemos que o verdadeiro “crente é o homem com as mãos abertas, porque não segura nada e ninguém, é o homem das mãos estendidas, porque entende logo quando se deve ver e socorrer as necessidades e os sofrimentos de cada homem.

Ser protagonistas da vida e evitar uma fé sem desafios

“Dom Tonino foi um homem, um cristão, um sacerdote e um bispo especial – evidencia o reitor – porque foi especial o seu amor a Cristo, à Igreja, ao homem, e principalmente ao pobre, ao marginalizado, ao último, aos que não têm voz, dignidade, direitos, pedras descartadas”. “D. Tonino – continua – nos ensinou a não aceitar uma fé sem desafios” e não ceder “às várias tentações da lógica do mundo antigo, das quais o sacerdote deve estar sempre alerta”. “O próprio Papa Francisco nos recorda com frequência e com coragem: riqueza e vaidade são duas tentações que os bispos e os padres devem absolutamente estar alertas”.

Tocava acordeão e falava da beleza da Criação

Padre Beniamino conheceu D. Tonino durante um período de verão no pré-seminário em Tricase Porto, em 1971, e conta que ficou impressionado pelo seu modo feliz e devoto de rezar pela manhã. “Era comovedor – recorda na entrevista – quando nos falava da Criação”, também “à noite durante a oração do Terço” ou quando nos levava “passear de barco e tocava acordeão”, convidando-nos a “admirar a lua”. Por motivos familiares, padre Beniamino entrou tarde no Seminário, porém sempre manteve contatos com D. Tonino. “Agora os desígnios de Deus levaram-me a ser reitor do Seminário de Ugento, já há seis anos. Aqui tudo recorda a grandeza humana de D. Tonino Bello”.

Papa visitará Alessano e Molfetta

 

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17 abril 2018, 11:03