Aumentam as vítimas dos confrontos na fronteira entre Azerbaijão e Armênia
Alessandro Di Bussolo – Vatican News
Muito sangue já foi derramado na retomada da tensão armada na fronteira entre Armênia e Azerbaijão. O Ministério da Defesa do Azerbaijão estimou, na última terça-feira (13/09), que 50 soldados de seu Exército e do serviço de fronteira morreram em confrontos com as forças armênias. Por outro lado, Yerevan fala de 49 vítimas entre seus militares. Lamenta que esta manhã houve novos tiros de morteiro na direção de Jermuk e Verin Shorzha, perto da fronteira.
Rússia, França e Cazaquistão: respeitar o cessar-fogo
Depois deste novo episódio do conflito aberto em 1988 entre a Armênia e o Azerbaijão sobre a região fronteiriça de Nagorno-Karabakh, o governo russo, que sempre atuou como mediador, pediu um cessar-fogo e convidou as partes a "evitarem um agravamento ainda maior da situação". O presidente francês, Macron, telefonou ontem ao seu homólogo do Azerbaijão, Aliyev, a fim de pedir para "voltar a respeitar o cessar-fogo com a Armênia". O chefe de Estado do Cazaquistão, Tokayev, que recebe o Papa Francisco em seu país, também pediu à Armênia e ao Azerbaijão para abandonarem o uso da força e iniciar as negociações. Numa reunião extraordinária do Conselho de Segurança Coletiva da CSTO convocada precisamente para discutir a situação na fronteira entre a Armênia e o Azerbaijão, Tokayev ressaltou a necessidade de resolver o conflito "exclusivamente por meios políticos e diplomáticos".
Desde 1988, o conflito por Nagorno-Karabakh
Os últimos confrontos entre os exércitos do Azerbaijão e da Armênia pela região de Nagorno Karabakh, que se proclamou independente em 1991, datam de 2020, mas não há paz entre os dois países desde 1988, quando a região fronteiriça, com maioria armênia, decidiu se separar de Baku, então na União Soviética. O primeiro conflito durou seis semanas, causando milhares de mortos de ambos os lados, até que foi alcançado um acordo para o cessar-fogo, graças à mediação de Moscou. A Rússia então enviou forças de paz, que se estabeleceram em Nagorno-Karabakh por cinco anos.
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