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Cardeal Eduardo Francisco Pironio Cardeal Eduardo Francisco Pironio 

Card. Sandri sobre Pironio: a cruz é sinal de sua vida

"Com espírito de menino de primeira comunhão, Dom Eduardo Pironio declarou em seu testamento espiritual que agradecia ao Senhor pelo privilégio da cruz". Palavras do cardeal Leonardo Sandri que presidiu a missa de ação de graças pelo decreto sobre as virtudes do Cardeal Pironio

VATICAN NEWS

O Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, presidiu uma concelebração eucarística, na capela do Seminário Romano dos Legionários de Cristo, em agradecimento pelo decreto sobre as virtudes do Cardeal argentino Eduardo Pironio. Foi uma oportunidade para agradecer ao Senhor pela autorização concedida pelo Papa Francisco à Congregação para as Causas dos Santos, de promulgar o decreto sobre as virtudes heroicas com as quais o servo de Deus foi declarado venerável. A missa foi organizada pelo arcebispo Dom Fernando Vérgez Alzaga, secretário pessoal de Pironio desde 1975 e atual presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.

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A Cruz da dor

Na ocasião Dom Sandri disse que “a amizade do querido Cardeal Eduardo Francisco Pironio com Deus pela humanidade foi cumprida e purificada também através do altar da Cruz e da dor, vivida com dignidade e sem querer deixar de conhecer as pessoas que lhe eram próximas, como muitos de nós pudemos experimentar". Com confiança fraterna, Dom Sandri explicou em sua homilia, com "espírito de menino de primeira comunhão", Dom Pironio declarou em seu testamento espiritual que agradecia ao Senhor "pelo privilégio da cruz". De fato, escrevia: "Sinto-me muito feliz por ter sofrido. Só lamento não ter sofrido mais e não ter vivido minha cruz em silêncio". O que a Igreja atestou nestes anos, e enquanto espera "o reconhecimento de um milagre que poderia levar à beatificação do Venerável Eduardo, é o sinal de que aquela cruz foi confirmada como verdadeiramente luminosa e fecunda", comentou Dom Sandri.

As cruzes da sua vida

Afinal, a cruz "não era apenas simbolicamente o sinal de vida" para Pironio. De fato, no dia de sua ordenação episcopal como auxiliar de La Plata, "recebeu de presente uma cruz peitoral que tinha pertencida ao bispo seu antecessor no cargo e que tinha dado confiança à sua mãe, ordenada a não ter mais filhos após uma grave doença aos dezoito anos de idade". Confiando nesta bênção, "ela viveu até os 82 anos de idade, dando à luz mais vinte e um filhos, o último dos quais foi o Venerável Eduardo". A cruz da doença da mãe, "a cruz peitoral do bispo, a cruz do sofrimento e da morte do Cardeal Pironio: todas as três são atravessadas pela luz da Páscoa".

A consciência da humanidade em movimento, que "sulca as águas da história não só concretamente para atravessar o oceano da Itália para a Argentina e retornar um dia", revela o desejo de Pironio de se tornar "um instrumento do anúncio e da presença de Cristo". Mais profundamente, ele se sentiu impelido "a sair ao encontro da humanidade de hoje, a anunciar que Cristo é seu contemporâneo, hoje, não ontem, e permanecerá conosco até o fim do mundo". Por esta razão, o sacerdote e o bispo "são irmãos no caminho e pais no Espírito".

Os jovens

A este respeito, "conhecem-no muito bem os seminaristas de quem nosso amado cardeal era reitor, os estudantes privilegiados pelo seu ensinamento". Mas também os sacerdotes e os fiéis das dioceses de La Plata, Avellaneda e Mar del Plata, os religiosos e as religiosas que "se uniram no grande caminho de confronto e de revisão das Constituições das próprias congregações e institutos de pertença à luz do Concílio Vaticano II", e por fim, sobretudo os leigos e, de maneira especial, "os jovens através da intuição e a atuação ao lado de São João Paulo II das Jornadas Mundiais da Juventude".

O bom Jesus, rosto do Pai e amigo dos homens, torna-se "uma referência para a ação dos sacerdotes e dos bispos, e certamente podemos agradecer ao Senhor porque podemos encontrar estes traços no ministério do venerável Cardeal Pironio". O Cardeal Sandri destacou que para a celebração se reuniram pessoas dos vários lugares onde o Cardeal Pironio viveu e trabalhou: "a amada terra da Argentina, onde foi batizado, tornou-se sacerdote, professor e depois bispo", mas também da América Latina, onde foi primeiro secretário e depois presidente do episcopado, Itália "com o amado Friuli, o lugar de origem de sua família, Roma e o Vaticano", assim como a diocese suburbana de Sabina-Poggio Mirteto.

 

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31 março 2022, 10:46