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Trabalhos na manhã desta segunda-feira na Conferência das Igrejas na Europa Central e do Sul sobre a Proteção de Menores Trabalhos na manhã desta segunda-feira na Conferência das Igrejas na Europa Central e do Sul sobre a Proteção de Menores 

Nelson Giovanelli em Varsóvia: levar a sério a questão do direito das vítimas de abusos

Palestras, partilhas, depoimentos de vítimas de abusos, mas também momentos de oração e Missas marcam o encontro "Nossa missão comum é proteger os filhos de Deus" sobre a Proteção dos Menores, em Varsóvia.

Vatican News

A Conferência Internacional sobre a Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis nas Igrejas da Europa Central e Oriental aberta na tarde de domingo, 19 de setembro, reunirá até 22 de setembro em Varsóvia, representantes de episcopados, ordens religiosas e profissionais leigos de 20 países.

Entre os presentes, o brasileiro Nelson Giovanelli Rosendo dos Santos, um dos fundadores da Fazenda da Esperança, e que antes de viajar à Polônia participou nos dias 16 e 17 no Vaticano da Plenária da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores.

Entrevistado pela colega Johana Bronková, do Programa Polonês, Nelson destacou o momento de oração na tarde de domingo, quando vítimas relataram o drama vivido em função dos abusos: deve-se realmente levar a sério a escuta, a investigação, o processo e principalmente, a questão do direito das vítimas, disse ele:

Ouça e compartilhe!

Qual a experiência e qual a expectativa que trouxeste contigo do Brasil?

Como tem acontecido em todos os encontros, conferências, congressos que a Comissão Pontifícia de Proteção do Menor tem organizado, este não foi diferente. No primeiro dia, na abertura, depois da palavra do cardeal O’Malley e também aqui do presidente da Conferência Episcopal polaca, nós tivemos a graça de num momento de oração, escutar o testemunho de uma vítima, que no seu percurso doloroso de quase 30 anos, teve a possibilidade de poder partilhar essa sua dor, mas também amargou a dor de não ter recebido a resposta importante para o seu sofrimento. Isso para mim leva uma luz no esforço e compromisso que nós devemos ter para que, depois que acontece uma denúncia, se deve realmente tomar a sério, a escuta, a investigação, o processo e principalmente, na questão do direito das vítimas, deve-se verificar - antes da preocupação de qualquer justificativa - deve-se verificar a pronta resposta para as vítimas. Elas devem ter a oportunidade de receber uma resposta daquilo que elas falaram.

Na sua opinião, seria bom organizar algo nesses termos também em sua região, para a América Latina, Brasil?

Pela possibilidade que eu tenho de ser membro da Comissão, então já há três anos nós estamos fazendo seminários, congressos, e junto com a CNBB e a CRB foi criado um escritório que agora está trabalhando com todas as dioceses, para realizar, executar o que o Papa Francisco pediu na Carta Apostólica “Vós sois a luz do mundo”, no sentido de que as dioceses criem esse serviço aberto, estável, visível, onde as vítimas possam se manifestar. Então nós realizamos dois seminários grandes, mas é sempre muito pouco. Nós devemos agora focar na questão de conscientizar mais?

O que é mais necessário, como continuar neste âmbito da tutela dos menores?

No sentido justamente de trabalhar na formação e na prevenção. Mas ao mesmo tempo se unir com o esforço que está sendo feito a nível mundial, para já aprender da experiência dos outros, o que deve realmente ser feito.

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20 setembro 2021, 12:39