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Os padres sinodais que participaram da Santa Missa de abertura do Sínodo da Igreja  Católica Armênia em Roma Os padres sinodais que participaram da Santa Missa de abertura do Sínodo da Igreja Católica Armênia em Roma 

Cardeal Sandri no Sínodo armênio: que o novo Patriarca seja um pai e um guia

Na tarde de segunda-feira (20) foi celebrada em Roma a Divina Liturgia para a abertura do Sínodo da Igreja Católica Armênia chamado a eleger o novo Patriarca que sucederá a Gregório Pedro XX Ghabroyan que faleceu em maio passado. O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, trouxe a proximidade do Papa, convidando a escolher uma figura capaz de unir memória e visão do futuro da comunidade armênia.

Gabriella Ceraso – Vatican News

Um "tempo de oração, reflexão, partilha e discernimento" foi aberto para a Igreja armênia reunida com os padres sinodais, desde segunda-feira (20) em Roma, para eleger o novo Patriarca que sucede a Gregório Pedro XX Ghabroyan, que faleceu em maio passado. E a primeira invocação é à descida do Espírito Santo, o "portal de entrada" para esta experiência que agora começa, à qual se une a oração e a proximidade do Papa. É precisamente sua "palavra que será a bússola para navegar no mar da história na unidade multiforme da Igreja Católica". Estas são as palavras do Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, durante a Divina Liturgia no rito armênio para a abertura do Sínodo, que começará a ser votado na quarta-feira (22).

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O primado de Cristo Eucaristia vai além de qualquer "lógica, pensamento ou alinhamento humano", disse o cardeal, para uma "purificação" que, como entendeu São Gregório de Narek, significa "escancarar ao máximo possível a alma do homem de todos os tempos à luz da graça, para que ela o penetre e o cure":

"Logo, cada um de nós é convocado nestes dias como os discípulos de Jesus após a Ressurreição, para a Galileia, o lugar do primeiro chamado e do discipulado, para que através de vocês e de suas escolhas a Igreja Patriarcal da Cilícia dos Armênios possa viver um novo início. Portanto coloquem no altar com o pão e o vinho as suas vidas pessoais e as de seus irmãos Bispos, pedindo para vocês e para eles o dom da purificação, da transformação e da missão".

Santa Missa na abertura do Sínodo da Igreja Católica Armênia
Santa Missa na abertura do Sínodo da Igreja Católica Armênia

Caput e Pater

Inspirando-se nas Escrituras, o Cardeal Sandri, ao introduzir a figura do novo Patriarca, quis recordar a história e os acontecimentos do povo armênio, especialmente os da diáspora em quase todos os continentes: uma história entrelaçada de deslocamentos forçados, violência e perseguição, que, no entanto, deixaram intactos sobre os "lábios" de cada um "o nome de Cristo". "O sofrimento do passado e do presente, a busca de um lar estável e de segurança, a fuga dos poderes que minaram suas vidas os levaram a se dispersar. Eles precisam de pastores que os guiem, os busquem, saibam chamá-los pelo nome como faz o bom pastor descrito no Evangelho":

O novo Patriarca não deve ser apenas por definição tradicional Caput et Pater. Líder na medida em que poderá se tornar um servo, Pai porque ele se sentirá responsável por todos os seus filhos.

E também, ele terá que saber se inspirar como "o escriba do Evangelho às coisas antigas e às novas", preservando o passado e olhando para o novo com marca evangélica:

Certamente terá que ser o guardião da memória e da tradição, porque um povo que não conhece seu passado não tem um futuro, mas junto com todos os fiéis terá que ser capaz de buscar o sonho de Deus para suas comunidades, o que lhe permita não de preservar as pedras, mas desatar as velas e zarpar sobre a palavra do Senhor.

Um Sínodo sustentado pelas orações do povo de Deus e do Papa

E no caminho futuro - acrescentou o Cardeal Sandri - o novo Patriarca terá que contar com todos os componentes que a história lhe deu, "o povo santo de Deus que está orando por vocês". O Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais disse que, "será preciosa a memória dos santos e mártires do passado e do presente, a consciência da vitalidade das famílias e das instituições educacionais, a urgência de cultivar e fortalecer a relação com os irmãos da Igreja Apostólica, tanto na Armênia como no Líbano e em todo o mundo".

Em seguida, a entrega a Maria e a súplica do Santo, caro aos armênios, Gregório de Narek:

Recebe de mim que te aclamo, esta oração de súplica,
apresenta-a e oferece-a a Deus. Entrelaça e une nela os meus suspiros amargos de pecador
com as tuas felizes intercessões e com o perfume de incenso, ou planta de vida, do bendito Fruto do teu ventre,
para que sempre resgatado por ti e coberto pelos teus benefícios,
tendo encontrado refúgio e luz na tua santa maternidade,
eu viva para Cristo, teu Filho e Senhor. Amém.

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22 setembro 2021, 11:43