Cardeal Jean Louis Tauran Cardeal Jean Louis Tauran 

Missa para o cardeal Tauran. Parolin: homem de paz do nosso tempo

Na igreja de Santo Apolinário, em Roma, Missa presidida pelo cardeal Pietro Parolin neste sábado (24/10): "estamos aqui hoje para invocar a paz eterna para um homem que tinha a paz antes de tudo no seu coração".

Amedeo Lomonaco - Vatican News

"A sua estatura pessoal e a sua delicadeza diplomática, temperada com uma grande sagacidade, só nos pode fazer imensa falta, e o decurso repentino da doença agrava a dor do seu desaparecimento”. Com estas palavras, o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, recordou durante a Missa na Basílica de Santo Apolinário, neste sábado, a figura do cardeal Jean-Louis Tauran, falecido em 5 de julho de 2018 nos Estados Unidos. "Também em mim - disse o cardeal Parolin -, sentimentos contraditórios reverberam: a nostalgia pela falta daquele que foi meu superior direto durante mais de uma década, professor exemplar a quem estou em dívida profissional e humanamente, é acompanhada pela esperança viva de ter um amigo no Céu que nos olha com sábio afeto, incutindo confiança". O fato da Basílica de Santo Apolinário, que recorda o seu título de cardeal, "guardará, com os restos mortais, também a sua memória - disse o secretário de Estado - sela a estreita união do seu ministério com o ministério petrino".

Homem de diálogo

O secretário de Estado recordou que o caminho terrestre do cardeal Tauran "atravessou muitas latitudes, começando pela República Dominicana e depois chegando ao Líbano e enfim a Roma onde, junto à Seção para as Relações com os Estados, trabalhou durante vinte anos, treze dos quais à frente da própria Seção, fazendo numerosas visitas a muitas partes do planeta". "Ele concluiu a sua existência como presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, empenhado num campo tão atual como essencial, que nos últimos anos tem visto, também graças ao seu trabalho, o início de vários diálogos, sementes de esperança no sinal da fraternidade e da paz".

O seu legado nos leve a ser testemunhas de esperança

Na sua homilia, o secretário de Estado recordou os anos da doença do cardeal Tauran. "Doença - disse o cardeal -, que acolheu sem muito desconforto, nunca renunciando à sua habitual autoironia e abandonando-se sempre confiante à vontade de Deus. "A presença fiel do Deus que não desilude - concluiu o cardeal Parolin - é o fundamento da esperança cristã, que animou o nosso irmão Jean-Louis". "O cardeal Tauran, que fez do diálogo uma razão de vida, fundando a sua esperança naquele que é o caminho, a verdade e a vida, interceda por isto: que o seu legado nos motive a ser, nos árduos desafios que enfrentamos na terra, testemunhas da esperança que nos espera no céu”.

 

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25 outubro 2020, 10:10