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O retrato das crianças refugiadas na Ásia O retrato das crianças refugiadas na Ásia 

Cardeal Charles Bo: é possível curar o planeta, se ninguém for ignorado na pandemia

A declaração do presidente da Federação das Conferências dos Bispos da Ásia faz parte da última edição do boletim semanal da Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano: “se ninguém for ignorado na luta, é possível curar o planeta. Para o bem de todos, olhemos pelos refugiados. Enquanto houver pessoas forçadas a deixar as suas casas, continuaremos a viver num mundo em crise”. As notícias são divulgadas sempre em 5 idiomas, entre eles, o português.

Andressa Collet – Vatican News

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O arcebispo de Rangum e presidente da Federação das Conferências dos Bispos da Ásia (FCBA), cardeal Charles Bo, fez um apelo à comunidade internacional para assegurar que a crise da Covid-19 não seja um doloroso peso sobre os ombros dos mais vulneráveis, ou seja, migrantes, refugiados e pessoas deslocadas. Pelo contrário, a crise deve se tornar uma oportunidade para erguer um mundo mais solidário.

O apelo foi divulgado pela Agência de Notícias dos Salesianos (ANS) no início de julho e integra a mais recente edição do boletim semanal da Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano, divulgada na última terça-feira (25), nos 5 idiomas tradicionais, entre eles, o português. O cardeal afirmou na carta:

“Se a humanidade estiver dividida, a crise pandêmica não será ultrapassada; mas se ninguém for ignorado na luta, é possível curar o planeta. Para o bem de todos, olhemos pelos refugiados. Enquanto houver pessoas forçadas a deixar as suas casas, continuaremos a viver num mundo em crise.”

Ainda segundo Charles Bo, os migrantes, refugiados e deslocados internos em Myanmar e em toda a Ásia têm se deparado com situações cada vez mais difíceis, “estão frequentemente em fuga, moram em locais sobrepovoados e desprovidos de cuidados de saúde adequados”. O cardeal salientou, assim, que é preciso “encarar as verdadeiras causas dos conflitos, parar as ofensivas militares e permitir às pessoas deslocadas regressar aos seus povoados”, na tentativa de acabar verdadeiramente com a fome, pobreza e o deslocamento forçado.

O boletim do Vaticano também traz um apelo à solidariedade em resposta à crise da Covid-19 para que não se caia no risco de “globalizar a indiferença”, feito pelo cardeal Michael Czerny, subsecretário da própria Seção Migrantes e Refugiados. Outra preocupação em relação aos mais vulneráveis diante da pandemia parte dos bispos católicos do Quênia, que exortam a uma intervenção urgente das instituições para proteger os refugiados nos campos que sofrem com a superlotação.

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27 agosto 2020, 12:39