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Tráfico de seres humanos é um flagelo que também atinge o Vietnã Tráfico de seres humanos é um flagelo que também atinge o Vietnã 

Santa Sé defende ação global para combater tráfico de pessoas

“A guerra contra o tráfico de seres humanos só pode ser vencida com uma ação em nível internacional. No entanto, não pode ser limitada a medidas repressivas contra os traficantes”, afirmou o representante da Santa Sé em Genebra.

Vatican News

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O Observador Permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Genebra, arcebispo Ivan Jurkovič, fez um pronunciamento na manhã de sexta-feira, 3,  durante a 44ª sessão do Conselho para os Direitos Humanos, que se realiza desde a última terça-feira na Suíça.

Comentando o relatório apresentado pelo Relator Especial sobre Tráfico de Seres Humanos e, em particular, de mulheres e crianças, o Representante da Santa Sé afirmou que “a guerra contra o tráfico de seres humanos só pode ser vencida com uma ação em nível internacional. No entanto, não pode ser limitada a medidas repressivas contra os traficantes”.

O arcebispo frisou depois, que “melhorar os mecanismos de proteção, reabilitação e reintegração das vítimas" deve ser uma prioridade absoluta. Apesar dos progressos feitos para erradicar este flagelo, as pesquisas falam de uma situação bem mais dramática: “O tráfico de seres humanos, em suas várias manifestações - entre as quais o tráfico de recém-nascidos e mães de aluguel - continua sendo uma ferida aberta na humanidade contemporânea".

Este aspecto foi recordado pelo Papa Francisco, no ano passado, durante a Conferência Internacional sobre o Tráfico de Seres Humanos, no Vaticano. Tal situação piorou ainda mais, além da pobreza, a corrupção e a falta de educação, também por causa da pandemia do coronavírus.

Dom Ivan Jurkovič acrescentou ainda, em seu pronunciamento, que "o tráfico de pessoas é um verdadeiro flagelo para nossas sociedades, porque nega a dignidade da vítima, tratada apenas como mercadoria de intercâmbio a ser explorada”. Esta é uma das expressões mais dramáticas da "cultura do descarte", muitas vezes denunciada pelo Papa Francisco.

Para a Santa Sé, o único modo de acabar, definitivamente, com este fenômeno, organizado pela criminalidade internacional, é empreender uma ação em nível global: são necessárias "coalizões de boa vontade" e o bom exemplo.

A este respeito, Dom Jurkovič chamou a atenção para o incansável trabalho de muitas organizações interconfessionais no mundo, comprometidas com a prevenção e para salvar, reabilitar e ajudar as vítimas a se reintegrar na sociedade.

Por fim, segundo a Santa Sé, a chaga do tráfico de seres humanos poderá ser erradicada com “a erradicação total das organizações criminosas deploráveis", que administram o tráfico de pessoas.

Vatican News - LZ

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04 julho 2020, 07:46