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LEV publica biografia do padre Popiełuszko

Para recordar um mártir da fé, a Livraria Editora Vaticana publicou um livro sobre a vida do capelão de Solidarność, bárbaramente assassinado pelo regime comunista polonês em 1984

Eugenio Bonanata - Cidade do Vaticano

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Dez anos após a beatificação do padre Jerzy Popiełuszko, realizada em Varsóvia em 6 de junho de 2010, chega à Itália a biografia completa do capelão do movimento Solidarność, publicada pela Livraria Editora Vaticana. Tendo por título "A fé é liberdade" (p. 958, 35 Euros), a obra é traduzida do polonês por Ewa K. Czaczkowska e Tomasz Wiścicki.

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A divulgação

 

Uma iniciativa editorial destinada a tornar conhecida a vida do religioso, seguindo as palavras do Papa Francisco no final da Audiência Geral em 4 de dezembro do ano passado. "Agradeço a vocês – disse na ocasião - por manter a memória desse zeloso sacerdote e mártir que, barbaramente assassinado pelos serviços comunistas, deu a vida por amor a Cristo, à Igreja e aos homens, sobretudo aqueles privados de liberdade e dignidade."

O Evangelho

 

"Padre Popiełuszko era filho da Polônia que se opôs ao regime comunista pregando e praticando o bem", comenta o jornalista polonês Vladimiro Redzioch, que explica que o religioso não era um ativista sociail, mas um sacerdote católico fiel ao Evangelho. Ele estava ao lado dos trabalhadores em greve que procuravam alguém para celebrar a Missa. E foi assim que, nos anos 80, ele se tornou seu guia e seu ponto de referência.

A opressão

 

A situação na Polônia se deteriorou dramaticamente. Chegaram a lei marcial, as perseguições e as prisões contra membros da sociedade civil e do Solidarność. Enquanto numerosos fiéis, mesmo fora de Varsóvia, continuavam participando das celebrações do padre Popiełuszko. Logo o sacerdote acabou na mira do regime, não obstante - especifica Redzioch - "proclamasse somente a doutrina social da Igreja".

Martírio

 

“Na prática - prossegue Redzioch - ele fornecia indicações aos cristãos sobre como lidar com a situação, desmascarando as mentiras do regime. Antes de tudo, dava coragem às pessoas assustadas e aterrorizadas pelo sistema”. Os serviços secretos decidiram então resolver a questão definitivamente. Após o fracasso de um primeiro atentado, eles o seqüestraram, o torturaram e o jogaram no rio Vístula, com várias pedras amarradas no corpo, que acabou sendo encontrado em 30 de outubro de 1984. E já a partir daquele dia sua fama de santidade começou a se difundir.

O aviso

 

A história do padre Popiełuszko representa um incentivo para agir como cristãos, testemunhando que a fé liberta contra qualquer tentativa de opressão. “As testemunhas e mártires da fé são um tesouro para a Igreja - conclui Redzioch -. É por isso que devemos manter viva a memória dessas pessoas”.

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06 fevereiro 2020, 08:42