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A missa celebrada por Pe. Pedro todo domingo na Cidade da Amizade reúne 8 mil pessoas na pedreira A missa celebrada por Pe. Pedro todo domingo na Cidade da Amizade reúne 8 mil pessoas na pedreira 

Papa visita Akamasoa em Madagascar, projeto social que dá vida digna a pobres do lixão

Durante a viagem apostólica de Francisco à África que começa nesta quarta-feira (4), está prevista a visita do Papa à Cidade da Amizade na capital de Madagascar, conhecida como “Akamasoa”, uma realidade em benefício dos mais pobres que nasceu da espiritualidade vicentina e do fundador, Pe. Pedro, há 30 anos. Milhares de pessoas que moravam num lixão agora trabalham numa pedreira de granito, perto do aterro, ganham um salário digno e um pouco de esperança.

Andressa Collet – Cidade do Vaticano

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O deslocamento do Papa Francisco de Moçambique a Madagascar, durante a viagem apostólica à África que começa nesta quarta-feira (4), acontece na sexta-feira, dia 6 de setembro. Uma das visitas do Pontífice na capital Antananarivo será à Cidade da Amizade, conhecida como “Akamasoa”, uma realidade que nasceu da espiritualidade vicentina. 

A Família Vicentina está presente no continente africano com muitas atividades, fiel ao carisma que recentemente comemorou 400 anos, de “servir Deus nos pobres”, através da evangelização e do suporte aos mais necessitados. A ligação é estreita sobretudo entre os missionários vicentinos e Madagascar tanto de São Vicente de Paulo ser considerado o padroeiro da ilha.

No domingo, 8 de setembro, o Papa vai visitar Akamasoa – que na língua local significa “bom amigo”, a Cidade da Amizade que nasceu em 1989 da determinação do religioso argentino, Pe. Pedro Opeka. O missionário, que já recebeu o Prêmio Cardeal Van Thuan de “Solidariedade e Desenvolvimento” e recentemente foi candidato ao Prêmio Nobel pela Paz, é quem vai receber o Papa Francisco durante a tarde e acompanhá-lo no Auditório Manantenasoa, onde estarão reunidos cerca de 8 mil jovens.

Pe. Pedro ao encontrar as crianças da comunidade
Pe. Pedro ao encontrar as crianças da comunidade

Pe. Pedro, ao lembrar em reportagem da Congregação da Missão o que significa para ele ser missionário vicentino em Madagascar, afirmou: 

“Viver em Akamasoa é, acima de tudo, ação, não palavras. Aqueles de nós, que nunca escondemos a verdade, procuramos ser claros quando enfrentamos os problemas. Nós não os ignoramos. Nós enfrentamos. Isso é sinceridade.”

A esperança vivida em Akamasoa

O projeto social fui fundado próximo a um aterro sanitário da capital que Pe. Pedro decidiu relançar ao propor um pequeno salário a quem se interessasse em trabalhar na pedreira de granito, dando, assim, a possibilidade de viver com mais dignidade. Atualmente, cerca de 25 mil pessoas se beneficiam do Akamasoa, ao morar nas vilas próximas do local. Além disso, todos os anos a Cidade da Amizade recebe 30 mil pobres para dar assistência (comida, remédios e roupas) e 13 mil crianças para auxílio escolar.

Cada uma das vilas tem escola e ambulatório, mas também locais de trabalho para os adultos seja na pedreira ou em atividades como alvenaria, carpintaria, agricultura e artesanato. Em 2004, o Akamasoa foi reconhecido pelo governo como projeto de utilidade pública, o que confirma a necessidade da sua presença e da sua ação no funcionamento social geral do país.

A missa que reúne 8 mil pessoas

Além da missão e da caridade junto aos mais necessitados, os moradores também tem a oportunidade de receber o alimento espiritual. Uma das atividades tradicionais da Cidade da Amizade é a missa de domingo, considerada uma celebração extraordinária: 8 mil pessoas participam ativamente, rezando e cantando com corações agradecidos.

Registro da celebração com Pe. Pedro
Registro da celebração com Pe. Pedro

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03 setembro 2019, 12:10