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Cardeal Parolin preside Celebração Eucarística na Basílica de São Pedro (foto de arquivo) Cardeal Parolin preside Celebração Eucarística na Basílica de São Pedro (foto de arquivo) 

A luta contra a falsidade é crucial, diz cardeal Parolin

O cardeal secretário de Estado presidiu uma Missa na Basílica de São Pedro por ocasião da festa de São Miguel Arcanjo, proclamado Padroeiro da Gendarmaria vaticana pelo Papa Pio XII em 29 de setembro de 1949.

Emanuela Campanile - Cidade do Vaticano

São Miguel, "o guerreiro exemplar contra Maligno", recorda a todos nós a necessidade da luta diária, sobretudo contra a falsidade.

Palavras do cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, na homilia da Missa por ele presidida na manhã desta segunda-feira, 30, no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, por ocasião dos festejos do Padroeiro do Corpo da Gendarmaria Vaticana e da Polícia de Estado, proclamado em 29 de setembro de 1949 pelo Papa Pio XII.

A luta crucial

 

Entre as maiores tentações, explica o cardeal pParolin, aquela que devemos ter uma particular atenção é a falsidade: "Não somente em nível externo, com a contínua multiplicação de fakenews, mas sobretudo em nível interior".

A tentação de pensar em Deus como um patrão antes que como um Pai, de identificar uma pessoa que comete o mal com o maligno ou de pensar que seguir a Deus nos priva da liberdade pessoal, são alguns dos exemplos apresentados pelo purpurado.

Disto, portanto, o convite para buscar a verdade, como Natanael que, como lemos no Evangelho, seguiu Jesus "não através dos sinais", mas "mediante a busca da verdade em seu coração, pormeio da oração da oração".

A sinceridade

 

E é citando uma das mais belas passagens do romance de Dostoiévski  "Os Irmãos Karamazov", que o cardeal enfatiza como a falsidade está "presente em todas as doenças da alma".

“Quem mente para si mesmo e ouve suas próprias mentiras, chega ao ponto de não poder mais distinguir a verdade, nem dentro de si, nem ao seu redor, e assim começa a não ter mais estima por si mesmo, nem pelos outros. Então, como ele não tem a estima de ninguém, também deixa de amar, e então, na ausência de amor, para se sentir ocupado e se distrair, ele se abandona aos vícios e aos prazeres vulgares, e por causa de seus vícios, torna-se como um animal: mas tudo isso vem do contínuo mentir, para os outros e para si mesmo - Dostoiévski”

Sinceridade, portanto, é a inimiga das aparências. Sinceridade, continua o cardeal, à qual o Senhor nos chama.

Proteger o coração e custodiar

 

Pedindo a intercessão de São Miguel para "erradicar as pequenas ou grandes falsidades que todos nós carregamos, e a capacidade de proteger o coração da duplicidade e dos fingimentos", o cardeal Parolin recorda as palavras do Papa Francisco quando os chamou de "guardiões dos outros".  

Disto, o convite conclusivo do cardeal aos presentes, para "vigiar constantemente a própria vida, para que a integridade do trabalho externo corresponda à transparência interior".

“Gostaria de dizer a vocês outra coisa. Eu fico um pouco triste às vezes, quando saio e vejo que vocês estão lá trabalhando. [Penso:] "Mas essas pessoas deveriam estar em casa, com os seus ...". Mas vocês estão lá trablhando, para proteger as pessoas, a mim ... Não sei como agradecer a vocês - Papa Francisco.”

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30 setembro 2019, 12:43