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Papa Paulo VI recebeu em audiência no Vaticano os astronautas em 17 de outubro de 1969 Papa Paulo VI recebeu em audiência no Vaticano os astronautas em 17 de outubro de 1969 

O Angelus do Papa antes da missão do Apolo 11: a ficção científica se torna realidade

"O homem é mais misterioso do que a lua", disse o Papa Paulo VI no Angelus de 13 de julho de 1969, uma semana antes da missão do Apolo 11.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

A ficção científica se tornou realidade em 20 de julho de 1969, quando os astronautas estadunidenses Neil Armstrong e Buzz Aldrin colocaram os pés na Lua, depois de quatro dias de viagem a bordo do Apollo 11.

Ouça a reportagem completa com a voz do Papa Paulo VI

Sobre a superfície lunar, os americanos deixaram uma lâmina de ouro com os versículos do Salmo 8:

"Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites? Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés."

Quem somos nós?

Uma semana antes da expedição, no dia 13 de julho de 1969, o Papa Paulo VI rezou a oração mariana do Angelus na intenção “deste fato singularíssimo e maravilhoso”.

Falando dos progressos da ciência e da técnica, o Papa Montini disse que o que mais impressiona é ver que não se trata de sonhos: “A ficção científica se torna realidade”.

Para o Pontífice, a reflexão se curva especialmente sobre o homem:

“Quem é este ser capaz de tanto? Tão pequeno, tão frágil, tão semelhante ao animal, que não transforma e não supera por si só os confins dos próprios instintos naturais, e assim tão superior, tão dono das coisas, tão vitorioso sobre o tempo e sobre o espaço? Quem somos nós?”

Esses questionamentos filosóficos se concluem com essas palavras: “O homem, esta criatura de Deus, mais do que a lua misteriosa, está no centro deste feito, que se revela. Revela-se gigante. Revela-se divino, não em si, mas no seu princípio e no seu destino. Honra ao homem, honra à sua dignidade, ao seu espírito e à sua vida”.

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13 julho 2019, 11:39