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Santa Sé: políticas para a família, chave do combate à pobreza

A confiança tem início quando as pessoas e suas necessidades são colocadas no centro de nossas iniciativas. “Somente colocando homens e mulheres no centro, as Nações Unidas poderão ser verdadeiramente úteis a todos”, disse o observador permanente da Santa Sé na Onu, Dom Bernardito Auza.

Cidade do Vaticano

“A família é o primeiro agente do desenvolvimento e, por conseguinte, um modelo de referência para a comunhão e a solidariedade entre as nações e as instituições internacionais.” Foi o que reiterou o observador permanente da Santa Sé na Onu, em Nova York, Dom Bernardito Auza, em pronunciamento na quarta-feira (17/10) num debate na Assembleia Geral sobre a erradicação da pobreza.

Centralidade da pessoa humana

O núncio apostólico ressaltou que “políticas favoráveis à família contribuem eficazmente para o alcance dos objetivos de desenvolvimento” estabelecidos pela “Agenda 2030” e para a promoção de sociedades pacíficas.

Reafirmar o espírito da “Agenda 2030” pelo Desenvolvimento Sustentável

Trata-se de objetivos que hoje parecem ainda distantes, visto os dados pouco encorajadores da Onu sobre o aumento do número de pessoas atingidas pela fome devido a guerras, secas e desastres naturais, ao tempo em que cresce um clima de desconfiança nas instituições e diminui o espírito de colaboração internacional.

A chave para sair desse impasse é a reafirmação da visão da “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável” baseada na “centralidade da pessoa humana como sujeito primário responsável pelo desenvolvimento”.

É preciso uma atenção partilhada para com a família

Em seguida, o representante vaticano deteve-se sobre a importância de “uma atenção partilhada para com a família e seus membros”, que, disse ele, “é uma contribuição segura para a redução da pobreza”, a promoção da igualdade de gênero, para o melhoramento do equilíbrio entre família, trabalho e repouso e para a solidariedade entre as gerações.

Não impor políticas que minam valores e culturas dos países pobres

 

Dom Auza reiterou em seguida a necessidade de uma maior colaboração entre as nações no combate à pobreza e, em particular, do apoio dos países ricos aos programas de desenvolvimento nos países mais pobres.

Ao mesmo tempo, advertiu o arcebispo filipino, “os Estados e as organizações internacionais não deveriam utilizar a assistência econômica internacional ou os programas de desenvolvimento para pressionar outros Estados e organizações a fim de que adotem políticas que minam os fundamentos éticos e culturais de sua sociedade”.

A confiança não pode ser construída sobre essas bases. Esta tem início quando as pessoas e suas necessidades são colocadas no centro de nossas iniciativas. “Somente colocando homens e mulheres no centro, as Nações Unidas poderão ser verdadeiramente úteis a todos”, concluiu.

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19 outubro 2018, 13:28