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Cardeal Angelo Becciu com o Papa Francisco Cardeal Angelo Becciu com o Papa Francisco 

Dom Becciu: o Papa a gente ama e ama até o fim

Às vésperas de seu primeiro ato como novo prefeito da Congregação das Causas dos Santos – a beatificação na Eslováquia da jovem mártir Anna Kolesárová - o cardeal Angelo Becciu convida os católicos a estarem unidos ao Papa Francisco em um momento de grande perplexidade entre os fiéis.

Sergio Centofanti - Cidade do Vaticano

Neste sábado, 1°, o cardeal Angelo Becciu assume seu novo cargo como prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, presidindo em Košice, Eslováquia, a beatificação de Anna Kolesárová, uma jovem de 16 anos morta em 1944 por um militar soviético durante a ocupação do Exército Vermelho.

Eminência, com que sentimentos o senhor inicia esta nova fase de sua vida?

R. - Vou começar com serenidade. Tenho a graça de começar meu primeiro dia de trabalho com a beatificação desta jovem, Anna Kolesárová. Então eu começo com os melhores desejos e estou feliz.

Que mensagem vem desta nova Beata?

R. - É uma mensagem que vai totalmente contra a corrente; uma jovem de 16 anos que tem a força para se opor à brutalidade de um militar soviético que queria abusar dela. Ela se recusa, não apenas por um simples instinto de defesa, mas pela crença de que ela tinha que se manter pura e casta. Em um mundo em que se ri destes valores, é uma mensagem belíssima. Fiquei muito tocado com o fato de que esta jovem foi descoberta por um grupo de estudantes que, tendo ouvido falar de seu martírio, se mobilizaram e fizeram uma peregrinação ao seu túmulo. Lá veio a descoberta da vida desta jovem que chamou a atenção dos sacerdotes que, em seguida, divulgaram a biografia e a vida de Anna Kolesárová.

Um testemunho de fé forte e simples em um período difícil para a Igreja ... pensemos também na publicação do documento por Dom Carlo Maria Viganò. Como o senhor tem vivido estes momentos?

R. - Acabo de voltar da minha cidade, da Sardenha. Eu vi muita perplexidade nas pessoas. Faço meu o espanto de pessoas e sofro com elas; renovo - como os próprios cristãos católicos fizeram - minha proximidade ao Santo Padre e a disposição de defendê-lo sempre.

O que o senhor espera da comunidade eclesial, pelos muitos fiéis que estão tristes e amargurados por esses eventos?

R. Desejo aquilo que recebemos como ensinamento desde a infância: o Papa a gente ama e o ama até o fim. Do Papa se recebe e se acolhem todas as suas instruções, indicações e palavras. Portanto, se nos encontrarmos unidos ao Papa, a Igreja será salva. Se, em vez disso, criarmos divisões - infelizmente - a Igreja arrisca sérias consequências.
 

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31 agosto 2018, 12:06