Card. Parolin: 1978 foi o ano dos três Papas e dos três pais
Cidade do Vaticano
O ano de 1978 passou à história como o ano dos três Papas: Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II. São palavras do cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, por ocasião da inauguração de encontros dedicados à figura do pai, com o tema “De pai para filho. Que Deus faça seu pai viver longamente dentro de você”. “O ano dos três Papas – explicou Parolin – foi o ano dos três pais”.
A grandeza de Paulo VI
Ao recordar o Papa Montini, o cardeal Pietro Parolin evidenciou que nos anos de seu pontificado a situação na Itália e na Igreja era muito difícil. As inquietações pós-conciliar, a morte do presidente da Democracia Cristã, Aldo Moro, a lei do aborto na Itália e as grandes contestações da juventude de 1968. Foram muitos episódios que dificultaram o seu pontificado. Mas, como recordou o próprio cardeal: “a grandeza de Paulo VI emerge justamente neste anos complicados”, “no seu trabalho e sofrimento para manter a Igreja unida, na sua reafirmação da verdade de fé que muitos queriam colocar em discussão, e na sua capacidade de não ceder ao pedido dos que queriam condenações definitivas e providências inquisitórias”.
João Paulo I: uma estrela-cadente inesquecível
“Uma estrela-cadente inesquecível”. Assim o Secretário de Estado define Papa Luciani, o Papa sorridente e humilde que “tinha recém começado a olhar o mundo nas suas vestes de pastor da Igreja universal, e muito cedo nos deixou”.
João Paulo II: vivacidade à Igreja
A queda do muro de Berlim, a implosão do colosso comunista, a guerra étnica e fratricida dentro do coração da Europa até o fanatismo que explodiu com o 11 de setembro de 2001. Também os anos de João Paulo II não foram fáceis. “Durante o seu pontificado, a Igreja Católica atravessou um período de mudanças históricas que marcaram época”. Mas, apesar de tudo, recordou o cardeal, João Paulo II “com a sua fé firme e inabalável trouxe vivacidade à Igreja tendo um importante papel ao nos recordar que a Europa para respirar precisava de dois pulmões, não só o do ocidente”.
A herança dos três Papas-pais
Depois de ter recordado alguns aspectos importantes de seus pontificados, o cardeal sublinhou a importante herança que nos foi deixada por estes pais. “Todos os três nos educaram a amar a Deus e amar os irmãos. Os homens e as mulheres são antes de tudo irmãos, em busca de um sentido, de um significado, de uma resposta. O cristão vive na certeza da fé, mas jamais pode dizer que a possui, porque fazendo assim correria o risco de reduzi-la a ideologia. E esse olhar, esse sentimento, essa consciência de estar sempre a caminho, de ter necessidade de encontrar sempre o Senhor na nossa estrada, nos foi testemunhado por estes três grandes pais”.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui