Lucien Botovasoa, da Ordem Franciscana Secular, foi martirizado em 1947 Lucien Botovasoa, da Ordem Franciscana Secular, foi martirizado em 1947  

Mártir malgaxe será beatificado no domingo

Casado e pai de 8 filhos, o malgaxe Lucien Botovasoa viveu a santidade na vida conjugal. Franciscano na alma, era sempre alegre, rezava continuamente e onde quer ia tinha sempre consigo o terço. Morreu decapitado em 30 de março de 1947.

Cidade do Vaticano

No próximo domingo, dia 15 de abril, em Vohipeno, Madagascar, terá lugar a cerimônia de beatificação de Lucien Botovasoa, um fiel leigo, pai da família e membro da Terceira Ordem Franciscana (+ 1947), mártir.

O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, presidirá a celebração, representando o Santo Padre. Antes de sua viagem, o Vatican News pediu a ele que apresentasse o novo Beato:

Lucien Botovasoa nasceu em 1908 em Vohipeno, uma pequena cidade perto da costa sudeste de Madagascar, onde os missionários chegaram em 1899. Primeiro de nove filhos, freqüentou a escola católica, sendo batizado ao 14 anos com o nome Lucien na paróquia de Vohipeno em 15 de abril de 1922, Domingo de Páscoa. No mesmo dia ele fez sua Primeira Comunhão e no ano seguinte recebeu a Confirmação. Ele foi martirizado em 16 de abril de 1947.

Houve outras beatificações em Madagascar?

A Igreja malgaxe foi abençoada com a beatificação de Vittoria Rasoamanarivo e de Rafael Rafiringa, um religioso dos Irmãos das Escolas Cristãs e um conhecido expoente da cultura malgaxe. Lucien Botovasoa foi um cristão verdadeiramente exemplar. Na escola de Jesus, Divino Mestre, Lucien ensinava a fazer o bem, a viver em paz com os outros, a formar uma comunidade fraterna, acolhedora e respeitosa. Ao ódio ele respondia com a caridade, à divisão com a comunhão, à mentira e ao mal com o bem. Era um autêntico mestre da vida boa: um bom cidadão, um pai amoroso, um marido dedicado.

Ele era, portanto, uma pessoa extraordinária também por suas qualidades humanas.

Lucien Botovasoa tinha uma inteligência brilhante. Depois de quatro anos de estudo (1924-1928) no colégio jesuíta de Fianarantsoa, obteve um diploma de professor, tornando-se imediatamente instrutor no instituto paroquial em Vohipeno. Seu lema era: Ad majorem Dei gloriam. Aos 22 anos casou-se com Suzanne Soazana, com quem teve 8 filhos. Cristão convicto e entusiasta, quis viver a santidade na vida conjugal. Descobre o manual da Ordem Terceira Franciscana e forma uma primeira fraternidade. Faz a profissão em 8 de dezembro de 1944. A partir daquele dia torna-se de uma pobreza e uma devoção extraordinária: abandona as belas roupas e se contenta com sandálias simples, camisa e calça. Jejua às quartas e sextas-feiras. Levanta-se à meia-noite para rezar de joelhos, depois vai à igreja às quatro, ficando lá até a hora da missa. Franciscano na alma, é sempre alegre, reza continuamente, onde quer que vá sempre tem o rosário na mão.

Por que ele foi morto?

Durante uma revolta pela independência em 30 de março de 1947, Domingo de Ramos, Lucien foi preso e condenado à morte por sua fé cristã. Levado para o rio, Lucien reza, dizendo: "Meu Deus, perdoe meus irmãos. Que meu sangue derramado por terra seja para a salvação da minha pátria". Ele foi decapitado e o corpo jogado no rio. Ele morre mártir, seguindo o exemplo de Jesus, o Divino Mestre.

O que nos ensina Lucien, esse jovem pai de família, tão rico em humanidade e santidade?

Ele nos ensina a viver integralmente o Evangelho, que é o livro da vida e não da morte, do amor e não do ódio, da fraternidade e da não discriminação. Lucien foi morto não por ter ofendido e ultrajado o próximo, mas somente por ter vivido como homem livre e justo. Para nós, ele deixa um grande exemplo e um importante legado: o perdão ao próximo, mesmo o perdão aos inimigos e o convite para viver em fraternidade e em paz com todos. É esta a única lei do Evangelho. Esta foi a lei da vida do Beato Lucien Botovasoa.

Beatificação de Lucien Botovasoa, no domingo 15 de abril

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11 abril 2018, 12:36