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Papa em L'Aquila: a memória é a força de um povo

Ao encontrar os familiares das vítimas do terremoto de 2009, Francisco agradeceu as obras de reconstrução da cidade recordando a todos que "a memória é a força de um povo, e quando essa memória é iluminada pela fé, aquele povo não permanece prisioneiro do passado, mas caminha no presente, rumo ao futuro"

Jane Nogara - Vatican News

O primeiro compromisso do Papa Francisco na sua chegada à cidade de L’Aquila neste domingo, 28 de agosto, foi uma saudação aos familiares das vítimas do terremoto de 2009. O encontro foi realizado no patamar da Catedral da cidade, logo após uma visita privada no interior da mesma. O Papa iniciou com as seguintes palavras: “Quero expressar minha solidariedade a suas famílias e a toda a sua comunidade, que enfrentou com grande dignidade as consequências desse trágico acontecimento”.

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Ao agradecer sobre o testemunho de fé da população disse "mesmo na dor e na perplexidade que pertencem à nossa fé como peregrinos, vocês fixaram seu olhar em Cristo, crucificado e ressuscitado, que por seu amor resgatou da insensatez a dor e a morte”.

“Jesus os colocou de volta nos braços do Pai, que não deixa cair nem uma lágrima em vão, nem mesmo uma!, mas as recolhe todas no seu coração misericordioso”

Em seguida agradeceu a construção da Capela da Memória afirmando: “A memória é a força de um povo, e quando essa memória é iluminada pela fé, aquele povo não permanece prisioneiro do passado, mas caminha no presente, rumo ao futuro, permanecendo sempre apegado às suas raízes e valorizando as experiências passadas, boas e ruins”.

“No trabalho de reconstrução”, disse ainda o Papa, “as igrejas merecem atenção especial. Elas são patrimônio da comunidade, não apenas no sentido histórico e cultural, mas também no sentido identitário".

“Essas pedras estão impregnadas de fé e de valores do povo; e os templos também são lugares propulsores de sua vida, de sua esperança”

Por fim agradeceu a presença da delegação dos cárceres da região de Abruços com as seguintes palavras:

“Vejo em vocês um sinal de esperança, porque nas prisões há muitas, demasiadas vítimas. Hoje, aqui, vocês são um sinal de esperança na reconstrução humana e social”.

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28 agosto 2022, 09:30