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Papa a iraquianos: "vocês sofrem uma guerra de um lado e do outro"

“Um pensamento insistente me acompanha pensando no Iraque, onde tenho o desejo de ir no próximo ano, para que possa olhar adiante através da participação pacífica e partilhada na construção do bem comum de todos as componentes religiosas da sociedade, e não caia novamente em tensões que vêm dos conflitos intermináveis de potências regionais”, havia dito o Papa Francisco aos membros da ROACO em junho de 2019..

Cidade do Vaticano

Na Audiência Geral desta quarta-feira na Praça São Pedro, estavam presentes muitos peregrinos de língua árabe, vindos principalmente do Iraque, Síria, Egito e Oriente Médio. O Papa Francisco fez uma saudação especial aos iraquianos, pois são um “campo de batalhas”. Manifestou sua proximidade, assegurou sua oração e disse que pretendia visita o país neste ano:

Saúdo cordialmente os peregrinos de língua árabe, em particular aqueles provenientes do Iraque, da Síria, do Egito e do Oriente Médio. Especialmente aqueles provenientes do Iraque. Há um belo grupo que vem do Iraque. Para vocês cidadãos do Iraque, digo que estou muito próximo de vocês. Vocês são um campo de batalha, vocês sofrem uma guerra de um lado e do outro. Rezo por vocês e pela paz em seu país, que estava programado que eu o visitasse neste ano. Rezo por vocês. No início deste Tempo da Quaresma, desejo a todos um tempo de conversão, de renovação interior e de crescimento pessoal e espiritual. Encorajo-vos a dedicar um tempo à meditação da Palavra de Deus, à participação nos Sacramentos, ao jejum e à oração, a fim de renovar nossa relação com Deus, com nós mesmos e com o próximo. Que o Senhor vos abençoe e sempre vos proteja do maligno!”

 

“Um pensamento insistente me acompanha pensando no Iraque, onde tenho o desejo de ir no próximo ano, para que possa olhar adiante através da participação pacífica e partilhada na construção do bem comum de todos as componentes religiosas da sociedade, e não caia novamente em tensões que vêm dos conflitos intermináveis de potências regionais”, havia dito o Papa Francisco em junho de 2019 aos cerca de cem participantes da 92ª Assembleia Plenária da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (Roaco).

Mas o início dos protestos contra a corrupção e o governo em 2019 e o aumento da tensão na região no início deste ano suspenderam, ao menos temporariamente, a possibilidade da concretização deste desejo do Papa Francisco. Somente uma melhora nas condições de segurança no país permitirão a visita do Pontífice.

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26 fevereiro 2020, 11:34