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Papa no Angelus: à espera de Jesus, estejamos dispostos à doação e ao serviço ao próximo

“Vigiar não significa ter materialmente os olhos abertos, mas ter o coração livre e voltado para a direção justa, isto é, disposto à doação e ao serviço", afirmou o Papa neste I Domingo do Advento, na alocução que precede a Oração Mariana do Angelus. Francisco fez referência ao Evangelho e à exortação para que estejamos prontos e vigilantes para a vinda do Senhor.

Andressa Collet – Cidade do Vaticano

Ouça a reportagem com a voz do Papa

O Papa Francisco, na alocução que precede a Oração Mariana do Angelus, orientou a sua mensagem aos milhares de peregrinos presentes na Praça São Pedro nas quatro semanas do Advento, que inicia neste domingo (01), quando também começa um novo Ano Litúrgico.

“A liturgia nos conduz a celebrar o Natal de Jesus, enquanto nos lembra que Ele vem todos os dias na nossa vida e retornará gloriosamente no final dos tempos. Esta certeza nos induz a olhar com confiança para o futuro.”

Ao convidar a seguir o profeta Isaias, que nos acompanha todo o caminho do Advento com “uma estupenda teologia da história”, o Papa disse que somos chamados a ter essa visão de fé e de esperança no nosso percurso diário da vida, assumindo inclusive “uma atitude de peregrinação, de caminho rumo a Cristo, sentido e fim da história”.

"Quantos têm fome e sede de justiça e só podem encontrá-la percorrendo as vias do Senhor; enquanto o mal e o pecado provêm do fato de que os indivíduos e os grupos sociais preferem seguir caminhos ditados por interesses egoístas, que provocam conflitos e guerras. Ao invés, se cada um buscasse, com a guia do Senhor, o caminho do bem, então no mundo existiria mais harmonia e concórdia. O Advento é o tempo propício para acolher a vinda de Jesus, que vem como mensageiro de paz para nos indicar as vias de Deus."

No Evangelho de hoje, a exortação também é para estarmos prontos e vigilantes para a vinda de Jesus:

“Vigiar não significa ter materialmente os olhos abertos, mas ter o coração livre e voltado para a direção justa, isto é, disposto à doação e ao serviço. O sono do qual devemos nos despertar é constituído pela indiferença, pela vaidade, pela incapacidade de instaurar relações genuinamente humanas, de cuidar do irmão sozinho, abandonado ou doente. A espera de Jesus que vem, portanto, deve se traduzir num compromisso de vigilância. Trata-se, antes de tudo, de maravilhar-se diante da ação de Deus, das suas surpresas, e de dar a Ele a primazia. Vigilância significa também, concretamente, estar atentos ao nosso próximo em dificuldade, deixar-se interpelar pelas suas necessidades, sem esperar que ele ou ela nos peçam ajuda, mas aprender a prevenir, a antecipar, como faz sempre Deus conosco.”

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01 dezembro 2019, 12:19