Final do Sínodo: Imagens e palavras do Papa Francisco

As imagens e palavras do Papa Francisco durante o Sínodo para a Amazônia realizado no Vaticano de 6 a 27 de outubro.

Cidade do Vaticano

Francisco dissera quando abriu o Sínodo dos Bispos para a Região Panamazônica, uma assembléia que não é um parlatório, mas um lugar de escuta do Espírito Santo. Aqui, dentro dos muros do Vaticano, o fogo soprou, mudando as perspectivas, mostrando a direção. O grito da Amazônia surgiu da escuridão da floresta para alcançar a luz do mundo. O grito dos descartados, presos nas cordas de uma vida precária, sob constante ameaça de predadores sem respeito por seus direitos e pela Criação. Descartados dos quais muitas vezes nos distanciamos, chegando ao ponto de desprezar suas tradições. O seu grito é o dos "porteiros do Céu" porque - disse o Papa na sua homilia na Missa de encerramento do Sínodo - serão eles que nos abrirão as portas da vida eterna. Os descartados "ícones vivos da profecia cristã".

“Quantas vezes, também na Igreja, as vozes dos pobres não são ouvidas e talvez sejam ridicularizadas ou silenciadas porque são incômodas. Peçamos a graça de saber escutar o grito dos pobres: é o grito de esperança da Igreja. Fazendo nosso o seu grito, também a nossa oração atravessará as nuvens”

Uma Igreja unida, portanto, diante da dor e dos desafios apresentados pela Amazônia, "coração biológico" do mundo habitado por dois milhões e meio de indígenas. Desafios pastorais, culturais e ecológicos que requerem - lê-se no Documento Final do Sínodo - uma conversão integral e sinodal. Nestes novos caminhos se pede mais escuta à voz das mulheres. Estuda-se um rito amazônico que se somaria aos 23 ritos já presentes na Igreja; ponto central, reiterado no documento, é a promoção, a formação e o apoio aos diáconos permanentes, incluindo também neste caminho a esposa e os filhos.

“O anúncio do Evangelho é urgente, urgente. Mas deve ser compreendido, assimilado e compreendido por estas culturas: falou-se de leigos, de sacerdotes, de diáconos permanentes, religiosos e religiosas... Devemos centrar-nos precisamente neste ponto. E falou-se do que eles fazem: reforçar também isto. Assumo o pedido de chamar esta Comissão, ou de a reabri-la com novos membros, para continuar a estudar como existia na Igreja primitiva o diaconato permanente.”

Uma abertura importante, fruto da paresia e escuta. Uma forma arrojada de caminhar juntos, também desejada por aqueles que participaram do Sínodo como a peruana Lucero Guillén Cornejo.

Como Igreja, creio que deve haver uma maior abertura para que haja também muito mais participação e este Sínodo já o está fazendo, mas temos de avançar um pouco mais.

“Muito obrigado de coração, perdoem-me a petulância e rezem por mim, por favor. Obrigado.”

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31 outubro 2019, 10:39