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Encontro promovido pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização Encontro promovido pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização 

Papa Francisco: amar e ser amados, o desejo mais profundo

“Como acender o desejo de encontrar Deus apesar dos sinais que obscuram a sua presença?” Assim o Papa Francisco inicia seu discurso aos participantes de um encontro internacional organizado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização

Jane Nogara - Cidade do Vaticano

O segundo encontro do Papa Francisco nesta manhã de sábado (21) foi com as escolas e centros de nova evangelização que participam de um encontro internacional organizado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

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Depois da saudação do prefeito do Dicastério Rino Fisichella, o Santo Padre deu as boas-vindas a todos e falou sobre o tema do encontro: “É possível encontrar Deus? Caminhos de Nova Evangelização”.

Audiência ao Pontifício Conselho para a Nova Evangelização
Audiência ao Pontifício Conselho para a Nova Evangelização

Arder os corações

“Como acender o desejo de encontrar Deus apesar dos sinais que obscuram a sua presença?”. Assim inicia o Papa comentando a temática, e depois de recordar dos dois discípulos de Emaús que tinham Jesus ao seu lado mas não o reconheceram por terem desconforto no coração disse: “O segredo está em sentir, junto com as próprias incertezas, a maravilha desta presença. É a mesma maravilha que tiveram os discípulos de Emaús (…). Fazer arder os coração é o nosso desafio”, disse aos presentes.

Preocupar-se e principalmente ocupar-se

Porém, continuou Francisco “pode acontecer que a Igreja seja para o homem de hoje uma recordação fria, ou até mesmo uma desilusão”. O Papa explicou que para alguns a Igreja pode parecer muito fraca frente aos problemas do mundo enquanto que para outros muito poderosa frente às grandes pobrezas do mundo. E confirma que está certo preocupar-se, mas principalmente ocupar-se, “quando se percebe uma Igreja ‘mundanizada’ que segue os critérios de sucesso do mundo e se esquece que não existe para anunciar a si mesma, mas Jesus".

Amar e ser amados: o desejo mais profundo

Ao falar sobre o ritmo da vida moderna de muitos irmãos e irmãs, o Papa recorda que o Pai deseja que muitos deles “sintam-se em casa” porém com a constante busca do bem-estar eles esquecem o verdadeiro sabor da vida:

“A beleza de uma família numerosa e generosa, que preenche o dia e a noite mas dilata o coração e a luminosidade que se encontra nos olhos dos filhos, que nenhum smartphone pode dar, a alegria das coisas simples, a serenidade dada pela oração”

E acrescenta que o desejo mais profundo dos nossos irmãos é:

“Amar e ser amados, serem aceitos pelo que são, encontrar a paz do coração e uma alegria que seja mais duradoura do que as comuns diversões”

O Papa recorda que a evangelização deve estar concentrada em uma palavra: Jesus. E como fazer isso? “Encontrar os nossos contemporâneos para que conheçam o seu amor. Não ensinando, não julgando, mas sendo companheiros de caminho”. Acrescenta também aos presentes comprometidos com evangelização que

“Transmitir Deus, não é falar de Deus não é justificar a sua existência: até o diabo sabe que Deus existe! Anunciar o Senhor é testemunhar a alegria de conhecê-lo, é ajudar a viver a beleza de encontrá-lo”

Deus é amor

Depois da afirmação bíblica “Deus é amor”, o Papa explica que este é “o núcleo fundamental”, o coração do Evangelho. “A vida cristã se renova sempre com este primeiro anúncio” que na realidade é o “anúncio principal, aquele que se deve sempre voltar a escutar e voltar a anunciar durante a catequese de um modo ou outro, em todas as suas etapas em todos os seus momentos”.

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21 setembro 2019, 12:15