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“Missão ecumênica em nossos dias”, foi o tema do encontro dos 40 Bispos Orientais Católicos da Europa, realizado em Roma “Missão ecumênica em nossos dias”, foi o tema do encontro dos 40 Bispos Orientais Católicos da Europa, realizado em Roma

Papa a Bispos Orientais Católicos: construtores de uma civilização do encontro

“Hoje, enquanto muitas desigualdades e divisões ameaçam a paz, somos chamados a ser artesãos de diálogo, promotores de reconciliação, construtores pacientes de uma civilização de encontro”, foi a exortação do Pontífice aos Bispos Orientais Católicos na Europa.

Manoel Tavares - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco iniciou suas atividades, na manhã deste sábado (14/9), recebendo, no Vaticano, 40 Bispos Orientais Católicos da Europa, ao término do seu Encontro anual, que, esta vez, se realizou em Roma, sobre o tema da “missão ecumênica em nossos dias”, dizendo:

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Este encontro, organizado sob o patrocínio das Conferências Episcopais da Europa, demonstra a riqueza ritual da Igreja Católica no continente europeu, que não é limitada à tradição latina. Entre vocês, encontram-se representantes de diferentes Igrejas da tradição bizantina, da amada Ucrânia, mas também do Oriente Médio, Índia e outras regiões, que atuam nos países europeus”.

Recordando a sua Viagem Apostólica à Romênia, Francisco disse que foi uma oportunidade de mostrar a gratidão de toda a Igreja Católica e do Sucessor de Pedro pelo testemunho e fidelidade à Igreja de Roma. E acrescentou:

Que todos sejam um": é o desejo ardente de Jesus, que, durante a sua Paixão, carregou em seu coração e, depois, foi entregue a todos na Cruz”.

O Concílio Ecumênico Vaticano II e o Código dos Cânones das Igrejas Orientais, frisou Francisco, também nos recordam que somos depositários de uma missão específica no caminho ecumênico. E, sobre o significado da missão ecumênica, tema que os Bispos debateram nestes dias em Roma, o Papa disse:

Hoje, enquanto muitas desigualdades e divisões ameaçam a paz, somos chamados a ser artesãos de diálogo, promotores de reconciliação, construtores pacientes de uma civilização de encontro”.

Enquanto muitos são envolvidos por uma espiral da violência e por contínuas acusações mútuas, explicou Francisco, o Senhor quer que sejamos dóceis semeadores do Evangelho do amor; somos os que se comprometem para sarar as feridas do passado, a superar os preconceitos e as divisões, a dar esperança a todos, caminhando, lado a lado, com os irmãos e irmãs não católicos. E o Papa afirmou:

Caminhando e trabalhando juntos pelos outros e pela nossa Casa Comum, podemos redescobrir, no coração da nossa catolicidade, o antigo significado atribuído à Sede de Roma, chamada a "presidir na caridade toda a Igreja".

Vivendo ao máximo as suas tradições eclesiais, ponderou o Santo Padre, vocês poderão atingir às mesmas fontes de espiritualidade, liturgia e teologia das Igrejas ortodoxas. É belo sermos, juntos, testemunhas de riquezas tão grandes!

Caminhamos na caridade, sem divisões, afirmou o Pontífice, quando nos inclinamos, juntos, ao irmão que sofre, aos que sofrem a solidão e a pobreza, aos marginalizados, aos não nascidos, aos jovens privados de esperança, às famílias desintegradas, aos idosos e enfermos descartados.

O Papa concluiu seu pronunciamento aos Bispos Orientais Católicos da Europa encorajando-os a prosseguir sempre em frente no espírito de comunhão! 

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14 setembro 2019, 10:52