Francisco recebe “Somos - Community Care”
Cidade do Vaticano
O Santo Padre concluiu sua série de audiências, na manhã desta sexta-feira (20/9), recebendo na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de 650 participantes no Simpósio promovido pela Organização “Somos - Community Care” (“Somos – Comunidade de Assistência”).
Esta organização norte-americana, com sede em Nova Iorque, debateu, em seu Simpósio, o tema: “A família de imigrantes e suas exigências no campo da saúde”, um assunto muito querido pelo Papa, que interpela a nossa consciência.
Em sua saudação aos numerosos presentes, Francisco recordou que, há vários anos, a Organização se dedica, na cidade de Nova Iorque, à assistência da saúde dos que vivem à margem da sociedade, em situações de pobreza e fome. Deste modo, disse o Papa, seus membros difundem a cultura do encontro, “onde ninguém é descartado ou desqualificado”. E ponderou:
“Sua organização distingue-se pela relação de empatia e confiança, que consegue estabelecer com os enfermos e suas famílias, compartilhando da sua vida e sendo solidária com a sua cultura e língua, favorecendo o mútuo relacionamento humano”.
Com efeito, a atitude desta Organização de assistência, frisou o Papa, deve ser encorajada em uma sociedade, que tende a desenvolver em si “certo individualismo que, com uma mentalidade utilitarista, produz a globalização da indiferença". Neste sentido, toda pessoa, que não corresponde aos cânones do bem-estar físico, mental e social, corre o risco de ser marginalizada e excluída. E ressaltou:
“Seu compromisso cotidiano visa contrastar esta cultura de descarte, que predomina em muitos contextos sociais. Assim, vocês são protagonistas de um cuidado global da pessoa, que coloca à disposição, com generosidade e altruísmo, um serviço composto de médicos e agentes no campo da saúde, que garantem benefícios da medicina preventiva, terapias e reabilitação”.
Esta solidariedade com os doentes, afirmou Francisco, é um verdadeiro tesouro e um distintivo de cuidados e assistência, que colocam ao centro a pessoa e suas necessidades.
Hoje, recordou o Papa, a assistência à saúde é reconhecida como um direito humano universal e como uma dimensão essencial do desenvolvimento humano integral. No entanto, em nível mundial, permanece ainda um direito apenas de poucos, proibido a muitos. Algumas vezes, a assistência ao paciente é dominada pela tecnicidade, que acaba prevalecendo sobre a pessoa, desnaturando seu sentido último. E Francisco destacou:
“Não devemos esquecer que a assistência é expressão de um compromisso profundamente humano e cristão, assumido e desenvolvido mediante uma atividade, não apenas técnica, mas de dedicação total e incondicional de amor ao próximo".
Vez por outra, ressaltou o Pontífice, as intervenções médicas nem sempre produzem a cura física, mas a assistência à saúde, prestada com coração verdadeiramente humano, terá a capacidade de fazer bem à vida, no corpo e no espírito.
Francisco concluiu seu pronunciamento afirmando que “o compromisso do assistente com o paciente encontra a sua expressão mais profunda e eficaz quando é animado pelo amor”.
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