Apelo do Papa foi feito ao final do Angelus de 14 de julho Apelo do Papa foi feito ao final do Angelus de 14 de julho 

Francisco pede solução para crise venezuelana

"Peçamos ao Senhor que inspire e ilumine as partes em causa, para que possam o quanto antes chegar a um acordo que coloque fim aos sofrimentos das pessoas pelo bem do país e de toda a região", disse o Papa ao final do Angelus.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Antes de se despedir dos fiéis presentes na Praça São Pedro para a oração dominical, o Papa Francisco quis expressar sua solidariedade à população da Venezuela, pedindo um acordo político:

“Mais uma vez, desejo expressar a minha proximidade ao amado povo venezuelano, particularmente provado com o perdurar da crise. Peçamos ao Senhor que inspire e ilumine as partes em causa, para que possam o quanto antes chegar a um acordo que coloque fim aos sofrimentos das pessoas pelo bem do país e de toda a região.”

Ouça a reportagem completa com a voz do Papa Francisco

Negociações

O governo da Venezuela e a oposição concordaram em estabelecer um grupo de trabalho permanente para tentar tirar o país do impasse político, após concluírem uma rodada de negociações em Barbados, na última quinta-feira.

Representantes do presidente Nicolás Maduro e do líder da oposição Juan Guaidó se reuniram em Barbados como parte das negociações iniciadas em maio em Oslo, na Noruega.
As novas negociações provocaram uma onda de rumores de que a realização de novas eleições esteja finalmente sendo discutida para resolver o impasse.

Bispos latino-americanos

Enquanto isso, o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) expressou plena solidariedade ao povo e à Igreja venezuelana depois que os bispos do país pediram uma mudança de rota.
Em carta assinada pelo presidente do Celam, Dom Miguel Cabrejos, os bispos sul-americanos reiteram sua proximidade “diante da complexa e dramática situação política, econômica e social” da Venezuela.

Em particular, são mencionados os esforços da Cáritas local para enfrentar a urgente necessidade de ajudas humanitárias. Uma exigência reiterada pelo presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, Dom Josè Luis Azuaje Ayala:

“Estamos falando de quase seis milhões de pessoas que se encontram em situações dramáticas seja no que diz respeito à alimentação, a remédios, à saúde. Na Venezuela, para entender a realidade, é preciso entender que todos os serviços ruíram e ruíram de modo sistemático. Parece mentira, mas num país produtor de petróleo não temos combustível.”

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14 julho 2019, 12:15