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Papa: os museus eclesiásticos refletem a santidade do Povo de Deus

Todos têm direito à cultura bela! Principalmente os mais pobres e os últimos", palavras do Papa Francisco aos membros da Associação dos Museus Eclesiásticos da Itália, no seu discurso preparado para o evento nesta sexta-feira (24/05) no Vaticano

Jane Nogara - Cidade do Vaticano

O segundo compromisso do Papa Francisco na manhã desta sexta-feira (24/05) foi a audiência aos membros da Associação dos Museus Eclesiásticos da Itália . A Associação têm como missão documentar “de modo visível o percurso ao longo dos séculos da Igreja no culto, na catequese, na cultura e na caridade” (Carta circular sobre a função pastoral dos Museus Eclesiásticos, 2001).

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No encontro o Santo Padre fez uma rápida saudação aos presentes e entregou o discurso preparado à Presidente. Em seguida, cumprimentou pessoalmente todos os presentes. E o Papa acrescentou:

"Agradeço a senhora Presidente pelas suas palavras.... bom dia a todos! Agora eu teria que fazer um discurso a vocês, mas neste momento, na Sala Paulo VI, mais de 5.000 pessoas estão me esperando: se faço o discurso para vocês , eles ficarão sentidos pela demora e não poderei cumprimentar a todos... gostaria de cumprimentar todos vocês, um a um... Por isso, entregarei o discurso à Presidente, tiraremos algumas fotos e começarei a cumprimentar a partir da segunda fila, porque a primeira já cumprimentei".

Discurso preparado pelo Papa Francisco

No discurso preparado o Papa inicia recordando a importância dos museus “na integração da história e da cultura de um determinado lugar” e também na salvaguarda da sua identidade, porém, continua: “Não a cultura entendida somente pelos monumentos do passado, mas especialmente no seu sentido vivo, dinâmico e participativo”.  Por isso "é fundamental que o museu mantenha boas relações com o território no qual está colocado, colaborando com as outras instituições análogas”.

Em seguida o Papa afirma: "Pela sua natureza os museus eclesiásticos favorecem o encontro e o diálogo na comunidade territorial".

“Nesta perspectiva é normal colaborar com museus de outras comunidades religiosas. As obras de arte e a memória de várias tradições e estilos de vida falam da humanidade que nos torna irmãos e irmãs”

Beleza para todos, também para os últimos

Ao falar da particularidade dos museus eclesiásticos disse: “Os museus são obras que representam o rosto da Igreja, a sua fecundidade artística e artesanal, a sua vocação de comunicar uma mensagem que é a Boa Nova.

“Uma mensagem que deve ser para todos, não para poucos eleitos. Todos têm direito à cultura bela! Principalmente os mais pobres e os últimos, que devem aproveitar como um dom de Deus”

Arte contemporânea deve estar presente

Depois de comentar sobre a formação e a atualização como troca de experiências com outros museus, o Papa recordou a importância do diálogo com os artistas contemporâneos, explicando que “é um trabalho ‘de fronteira’, indispensável para continuar o diálogo que a Igreja sempre teve com os artistas".

“A arte contemporânea acolhe a linguagem que especialmente os jovens estão acostumados. Esta expressão e sensibilidade não pode faltar nos nossos museus”

Por fim o Pontífice recorda que “os museus eclesiásticos são também reflexos da santidade do Povo de Deus. É fascinante esta perspectiva! (…) A santidade é a beleza mais verdadeira da Igreja, uma beleza que dá sentido e pleno valor ao serviço à Igreja e na Igreja”.

 

 

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24 maio 2019, 11:45